Brasil
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (8) novo boletim sobre a pandemia do novo coronavírus no Brasil. Segundo a pasta, há 800 mortes e 15.927 casos confirmados da COVID-19 no país.
No boletim divulgado na terça-feira (7), eram 667 mortes e 13.717 casos. Portanto, houve um acréscimo de 133 mortes e 2.210 casos. Pelo segundo dia consecutivo, trata-se do maior aumento diário na quantidade de confirmações de COVID-19 e de óbitos relacionados à doença.
São Paulo é o estado com o maior número de casos, com 6.708 confirmações. Na sequência, aparecem o Rio de Janeiro (1.938 casos), Ceará (1.291 casos) e Amazonas (804 casos).
O estado da região norte vem em evolução rápida do número de registros. Entre os dias 4 e 8, os casos no Amazonas subiram mais de 150%, passando de 311 para 804 casos confirmados.
O sistema de saúde amazonense está em alerta pelo aumento na procura e baixa disponibilidade. "Manaus nos preocupa muito", disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM). Alertas de ocorrência de doenças em comunidades indígenas são outro fator de "extrema preocupação".
Pela primeira vez, o estado passou a ser com a maior incidência em relação ao número de habitantes. São 19,1 casos a cada 100 mil habiantes. Antes, o primeiro da lista era o Distrito Federal, que, apesar de não ter o maior número de casos, tem população mais baixa.
Os casos continuam, no entanto, se concentrando na região Sudeste, hoje estão 59,3% dos registros, o que equivale a 9.487 casos. A região com a menor incidência é o Centro-Oeste, com 5,3% dos casos (842).
Perfil das vítimas fatais
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, 77% dos óbitos foram em pessoas com 60 anos ou mais. Três quartos foram em pessoas com doenças pré-existentes consideradas fatores de risco.
As comorbidades mais comuns são cardiopatia (336 casos), diabetes (240), pneumopatia (82), doença neurológica (55) e doença renal (50). A pasta já analisou 655 dos 800 óbitos confirmados.
Cloroquina
O ministro da Saúde voltou a levantar ponderações a respeito da utilização da hidroxicloroquina em pacientes com a COVID-19. Mandetta ressaltou os potenciais efeitos colaterais do medicamento para questionar a validade da aplicação deste em pacientes com sintomas leves.
"A grande maioria, 85%, vai ficar muito bem, obrigado. Então, será que seria inteligente dar um remédio para 85% das pessoas que não precisam desse remédio, que tem efeitos colaterais?", questionou.
Ele levantou a mesma ponderação quanto à sugestão da aplicação ao menos nos pacientes mais velhos, acima dos 60 anos. "Esses que mais podem complicar também são os que mais têm problemas cardíacos e hepáticos", diz.