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Reino Unido usa jatos para interceptar aviões russos perto de espaço aéreo da Otan
Aviões russos foram vistos voando na quinta (8) e nesta sexta (9); o Reino Unido enviou jatos para o local
Os jatos Typhoons da Força Aérea Real Britânica se deslocaram duas vezes ao longo do dia para interceptar várias aeronaves russas que voavam perto do espaço aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), disse o Ministério da Defesa do Reino Unido em um comunicado nesta sexta-feira (9).
“Na noite de quinta-feira, Typhoons baseados na Base Aérea de Amari, na Estônia, e Gripens da Força Aérea Sueca tentaram interceptar um IL-20 “Coot-A” e um Su-27 “Flanker-B” da Força Aérea Russa voando perto da OTAN e do espaço aéreo sueco”, disse o ministério.
“As aeronaves russas não estavam cumprindo as normas internacionais ao não se comunicar com as Regiões de Informação de Voo (FIRs) relevantes, mas permaneceram no espaço aéreo internacional e voaram de maneira profissional”, disse o comunicado.
Na manhã de sexta-feira, jatos Typhoons foram escalados novamente para interceptar um Antonov An-12 “Cub” e um An-72 “Coaler” voando para o sul da Rússia continental em direção à região de Kaliningrado, segundo o ministério britânico.
“Os caças da RAF foram posteriormente encarregados de interceptar dois Tupolev Tu-22M ‘BACKFIRES’ e dois Su-30 SM FLANKER H, também voando para o sul da Rússia continental sobre o Golfo da Finlândia e o Mar Báltico”, disse o ministério.
“As aeronaves russas mais uma vez não cumpriram as normas internacionais ao não estabelecer uma ligação adequada com os FIRs locais”.
Os britânicos foram acompanhados pela Força Aérea Finlandesa para escoltar a aeronave russa pelo Golfo da Finlândia e depois entregues à Força Aérea Sueca.
“Os F16 portugueses e romenos, baseados na base aérea de Siauliai, na Lituânia, também foram escalados para escoltar a aeronave russa enquanto transitavam mais para o sul através dos FIRs da Letônia e da Lituânia”, acrescentou o ministério do Reino Unido.
“Essas interceptações são um forte lembrete de que a Força Aérea Real Britânica está sempre pronta para defender nossos céus e os de nossos aliados, enquanto a ação coordenada de várias forças aéreas serve como uma demonstração clara do valor de nossas alianças internacionais”, disse o secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace.
Um piloto que esteve envolvido na operação disse que “embora haja um aparente aumento na atividade regional, essas interceptações continuam sendo normais para nós e estamos prontos para responder a qualquer tarefa que possa representar uma ameaça à segurança regional”, segundo o comunicado.
A Otan está conduzindo exercícios navais no Mar Báltico e, “como esperado, as aeronaves russas têm monitorado as embarcações aliadas o tempo todo”, disse o ministério.