Polícia

Policial Penal é preso após ser condenado por corrupção passiva e tráfico de drogas em cadeia de MT

Crimes ocorreram entre 2017 e 2018; decisão judicial não cabe mais recurso

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM PC-MT 12/04/2024
Policial Penal é preso após ser condenado por corrupção passiva e tráfico de drogas em cadeia de MT
A Câmara Criminal decretou ainda a perda do cargo público de Valmito Cézar de Campos | Arquivo Página 12

A equipe da Delegacia de Diamantino cumpriu na quinta-feira,11, o mandado de prisão de um policial penal condenado a nove anos de reclusão por corrupção passiva, tráfico e associação para o tráfico, facilitar tentativa de fuga de presos e permitir entrada de drogas e celulares em unidade prisional.

A sentença condenatória foi confirmada pela Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que julgou recursos do policial e de um preso, ambos investigados pelos crimes ocorridos na cadeia pública de Diamantino. A Câmara Criminal decretou ainda a perda do cargo público de Valmito Cézar de Campos.

O Judiciário decretou também mudança no regime inicial de cumprimento de pena, anteriormente fixado na modalidade semiaberta e alterando  para o regime fechado. Com isso, o juízo da Vara Criminal de Diamantino emitiu o mandado de prisão do policial, cumprido nesta quinta-feira.

Os fatos denunciados pelo Ministério Público e investigados pela Polícia Civil ocorreram no período de outubro de 2017 a fevereiro de 2018. A investigação apurou que o servidor público facilitou a tentativa de fuga de presos da cadeia fornecendo objetos para que os custodiados pudessem serrar as grades. As serras foram entregues por ele a outro preso que fazia atividades extracela, dentro da unidade prisional.

Além disso, o policial penal recebeu valores para facilitar a entrada de aparelhos celulares e drogas na cadeia. O servidor recebia de R$ 700,00 a R$ 800,00 por celular e aproximadamente R$ 300 por 100 gramas de droga que entrava na cadeia.

Em uma ocasião durante revista nas celas da unidade prisional, quando foram apreendidos 14 celulares com os presos, foi encontrado em um dos aparelhos mensagens em que emissor dizia que o plantão do policial condenado era “de boa” e que os objetos ilícitos poderiam ser entregues a ele.