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Polícia cumpre mandado em chácara de grupos extremistas de apoio ao presidente Bolsonaro e apreende fogos de artifício e cofre

Integrantes são investigados por milícia privada, ameaças e porte de armas. Mandado de busca e apreensão foi cumprido na região de Arniqueira, no DF, na manhã deste domingo (21).

21/06/2020
Polícia cumpre mandado em chácara de grupos extremistas de apoio ao presidente Bolsonaro e apreende fogos de artifício e cofre
Fotos: Reprodução/Twitter/PCDF/Divulgação
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã deste domingo (21), uma operação contra três grupos de extremistas que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os integrantes são investigados por milícia privada, ameaças e porte de armas. Policiais da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), aprenderam fogos de artifício, anotações com planejamento de ações e discursos, cartazes, celulares, um facão, um cofre, e outros materiais destinados a manifestações. A chácara ficava na região de Arniqueira, a cerca de 20 quilômetros da Praça dos Três Poderes.

De acordo com a Cecor, duas casas eram usadas como base de apoio dos grupos e havia barracas instaladas no terreno. O imóvel tem câmeras de segurança que cobrem toda a sua extensão.

Chefe de um dos grupos está presa

A chefe de um dos grupos de extrema-direita que estavam concentrados na chácara de Arniqueiras, Sara Giromini, está presa desde o início da semana passada por ordem do ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro determinou a prisão como parte das investigações do inquérito – aberto a pedido da Procuradoria Geral da República – que apura a organização e o financiamento de atos antidemocráticos. Um dos elementos que pesam contra o grupo de Sara é a movimentação pela captação de recursos, inclusive, a partir de uma vaquinha online para financiar as ações.

Na última sexta-feira (19), Alexandre de Moraes prorrogou por mais cinco dias a prisão da extremista que permanece na Penitenciária Feminina de Brasília, conhecida como Colméia.

Além de Sara, outras cinco pessoas tiveram a prisão provisória prorrogada com base na investigação sobre atos antidemocráticos praticados em Brasília.