Economia e Negócios
Dólar sobe para R$ 6,09 e bate recorde nominal de cotação
Bolsa cai 0,84% e atinge menor nível desde fim de junho

Apesar de sucessivas intervenções do Banco Central (BC), o dólar fechou em forte alta e aproximou-se de R$ 6,10. A bolsa de valores caiu quase 1% e atingiu o menor nível desde o fim de junho.
O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (16) vendido a R$ 6,094, com alta de R$ 0,059 (+0,99%). Esse é o maior valor nominal desde a criação do real, em 1994. A cotação chegou a operar em estabilidade logo após a primeira intervenção do BC, mas voltou a subir após cada operação da autoridade monetária.
Poucos minutos após a abertura do mercado, o BC vendeu à vista US$ 1,6 bilhão das reservas internacionais. No meio da manhã, a autoridade monetária vendeu US$ 3 bilhões com compromisso de recomprar o dinheiro mais tarde, operação anunciada na última sexta-feira (13). Mesmo assim, a cotação subiu durante a tarde.
Leia também
MERCADO FINANCEIRO Ibovespa avança e dólar recua com mercado repercutindo desaceleração da inflação ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS Inflação, crise humanitária, instabilidade: desafios que o próximo presidente da Venezuela enfrentará MERCADO FINANCEIRO Prévia da inflação oficial recua para 0,19% em agosto INFLAÇÃO Inflação desacelera para todas as faixas de renda em agosto INFLAÇÃO Governo sobe estimativa de crescimento do PIB em 2024 para 3,2% e da inflação para 4,25% INFLAÇÃO Ipea revisa projeção de inflação pelo IPCA de 4% para 4,4% em 2024 MERCADO FINANCEIRO Dólar fecha em R$ 5,58 e tem maior patamar em quase um mês, após alta da inflação brasileira; Ibovespa cai abaixo dos 130 mil pontos MERCADO FINANCEIRO Mercado financeiro eleva previsão da inflação de 4,62% para 4,64% INFLAÇÃO Por que 'inflação da picanha' preocupa cada vez mais brasileiros (e Lula) INFLAÇÃO Mercado financeiro eleva previsão da inflação de 4,63% para 4,71%O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 123.560 pontos, com recuo de 0,84%. Em queda pela terceira vez seguida, o indicador encerrou no menor patamar desde 26 de junho.
Tanto fatores domésticos como externos afetaram as negociações. No Brasil, os investidores continuam atentos à votação do pacote de corte de gastos, prevista para começar nesta segunda-feira em sessão extraordinária virtual da Câmara dos Deputados. Ao longo dos últimos dias, o governo liberou cerca de R$ 7 bilhões em emendas parlamentares para destravar a votação.
No mercado internacional, os investidores estão atentos à reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), que nesta semana decide em quanto baixará os juros básicos dos Estados Unidos. Durante a tarde, uma declaração do presidente eleito Donald Trump de que pretende sobretaxar produtos brasileiros trouxe instabilidade ao câmbio e adicionou pressão ao dólar no Brasil.