O governo Jair Bolsonaro liberou a entrada do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, no Brasil para expor a intimidade de Lula com ditaduras de esquerda. A afirmação, à CNN, é de integrantes do governo que ajudaram a elaborar o ato publicado nesta sexta-feira para permitir a vinda de altos funcionários do regime venezuelano para o país.
“Agora Lula não tem mais a desculpa de não ter como chamar o Maduro para a festa. Importante o povo brasileiro, o mundo e todos os venezuelanos que fugiram de lá verem que o maior ditador da América do Sul, responsável pela maior êxodo da história recente, e o próximo presidente do Brasil são amigos íntimos”, afirmou à CNN um ministro de Bolsonaro.
A portaria de 2019 que proibia a entrada de Maduro e auxiliares foi revogada, em ato publicado no Diário Oficial da União, pelos ministérios da Justiça e de Relações Exteriores.
A decisão surpreendeu até mesmo integrantes do novo governo, que já não contavam com a presença de Maduro, devido a resistência do governo Bolsonaro em revogar o texto inicialmente.
A portaria vetava o regime Maduro por contrariar “princípios e objetivos da Constituição Federal, atentando contra a democracia, a dignidade da pessoa humana e a prevalência dos direitos humanos”.
A organização da posse, no entanto, havia solicitado ao Itamaraty que fossem convidados representantes de todos os países com quem o Brasil mantém relacionamento e que a Venezuela estivesse na lista.