Economia e Negócios
Economia brasileira cresce 1,2% no 2º trimestre de 2022, diz IBGE
Mercado esperava alta de 0,9%
01/09/2022
Setores
O crescimento no segundo trimestre foi impactado pela alta de 1,3% nos serviços, disse o IBGE. O setor representa cerca de 70% do PIB. “Dentro dos serviços, outras atividades de serviços (3,3%), transportes (3,0%) e informação e comunicação (2,9%) avançaram e puxaram essa alta. Em outras atividades de serviços, estão os serviços presenciais, que estavam represados durante a pandemia, como os restaurantes e hotéis, por exemplo”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. Com o resultado, o subsetor outras atividades de serviços está 4,4% acima do patamar pré-pandemia. Outro destaque foi o setor industrial, com crescimento de 2,2% no período, o segundo resultado positivo consecutivo, após queda de 0,9% no quarto trimestre do ano passado. O IBGE destaca que essa foi a taxa positiva mais alta para a indústria desde o terceiro trimestre de 2020 (14,7%), quando o setor começava a se recuperar dos efeitos da pandemia e tinha uma base de comparação depreciada. Nesse segmento, destacam-se os desempenhos positivos de 3,1% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, de 2,7% na construção, de 2,2% nas indústrias extrativas e de 1,7% nas indústrias de transformação. “Houve crescimento em todos os subsetores da indústria. Um deles é a construção civil, que vem enfrentando problemas há anos e foi bastante afetada na pandemia, mas está se recuperando há alguns trimestres”, avalia a pesquisadora. O investimento medido pela Formação Bruta de Capital Fixo registrou alta de 4,8% no período, ajudado pelas atividades de construção e de informação e comunicação. “Nessa última atividade, o desempenho positivo está especialmente relacionado ao desenvolvimento de software. Essa é uma das atividades que foram menos impactadas pelos efeitos da pandemia, assim como o setor financeiro, a agropecuária e a indústria extrativa”. A taxa de investimento foi de 18,7% do PIB no segundo trimestre. O consumo das famílias teve alta de 2,6%, maior alta desde o quarto trimestre de 2020 (3,1%). Já o consumo do governo recuou 0,9%, após registrar estabilidade no trimestre anterior (-0,1%). “A alta do consumo das famílias está relacionada à volta do crescimento dos serviços prestados às famílias, em decorrência dos serviços presenciais que estão com a demanda represada na pandemia. Um reflexo disso é o aumento no preço das passagens aéreas, uma consequência do crescimento da demanda”, diz Rebeca.Mais lidas
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