
Economia e Negócios
Dólar volta a cair e ronda R$ 5,10, após maior recuo diário desde 2018 na véspera
No dia anterior, moeda norte-americana encerrou o dia em queda de 4,07%, a R$ 5,1746

O dólar opera em queda nesta terça-feira (4), após registrar a maior recuo diário desde 2018 no dia anterior, repercutindo o primeiro turno das eleições brasileiras.
Às 9h15, a moeda norte-americana caía 1,17%, a R$ 5,1143. Veja mais cotações
No dia anterior, a moeda norte-americana encerrou o dia em recuo de 4,07%, a R$ 5,1746 - maior queda diária desde 8 de junho de 2018, quando o dólar encerrou em baixa de 5,5%.
Com o resultado, passou a acumular queda de 7,18% no ano frente ao real. Apesar disso, segue longe da menor cotação do ano: em abril, chegou a R$ 4,6076.
O que está mexendo com os mercados?
No cenário local, os mercados ainda repercutem os resultados das eleições do primeiro turno. O resultado mais apertado do que as pesquisas apontavam na disputa presidencial e as composições do Congresso, mais alinhadas à direita e com um alinhamento mais liberal, foram vistos como positivos por agentes do mercado.
Assim, essa agenda pró-mercado significa que até se Lula ganhar poderá ter dificuldade para aprovar medidas que envolvam aumento de gastos públicos. Além disso, o mercado veria com bons olhos uma eventual reeleição de Bolsonaro por causa da agenda liberal.

“Independente de quem vencer a disputa presidencial, a principal preocupação dos investidores para o próximo governo segue sendo a agenda fiscal e a trajetória dos gastos públicos. Os dois principais candidatos fizeram campanha por mais gastos e o presidente eleito terá esse desafio à frente, de como equilibrar as contas públicas e a trajetória futura da dívida”, disse à Reuters Pedro Patrão, economista e sócio da HCI Invest.