Economia e Negócios
Lista de credores da Americanas traz 7.967 nomes e dívida total de R$ 41,235 bilhões
A lista traz dívidas de poucas dezenas de reais até débitos de mais de R$ 5,2 bilhões a um único credor, no caso ao Deustche Bank (ou US$ 1 bilhão, em moeda original)
A lista de credores que a Americanas entregou nesta quarta-feira (25) à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro relaciona débitos totais de R$ 41.235.899.286,62, a 7.967 nomes. O prazo para entrega do documento vencia às 6h desta quarta.
A relação de credores está dividida em quatro categorias, englobando pessoas físicas e jurídicas e entes federados:
- Classe I, com total de R$ 64.942.121,99 e 321 nomes;
- Classe III (identificada como 'Dívidas com Terceiros’), a maior, totalizando débitos de R$ 41.056.749.122,82 a 6.438 nomes;
- Classe IV, R$ 109.484.866,54 e 958 nomes;
- Extraconcursal (entre Estados, municípios e órgãos públicos), R$ 4.723.175,27 e 250 nomes.
A lista traz dívidas de poucas dezenas de reais até débitos de mais de R$ 5,2 bilhões a um único credor, no caso ao Deustche Bank (ou US$ 1 bilhão, em moeda original).
Outro montante expressivo é a dívida com a B2W Lux - empresa que atua como marketplace da Americanas -, no total de R$ 3,220 bilhões.
Ainda com os bancos, a dívida relacionada com o Bradesco soma R$ 4,510 bilhões; com o BTG Pactual, R$ 3,5 bilhões. Com o Itaú Unibanco, R$ 2,7 bilhões.
Ao Banco do Brasil, o débito é de R$ 1,360 bilhão; com o Safra, R$ 2,526 bilhões; com o Santander (Brasil), R$ 3,652 bilhões; Votorantim, R$ 3,286 bilhões, entre outros. Com a Caixa Econômica Federal, a dívida citada é de R$ 501 milhões.
À subsidiária JSM Global, com sede em Luxemburgo e responsável pela emissão de bônus da companhia no mercado internacional, a dívida soma R$ 3,459 bilhões.
Entre os fornecedores, destaque para a fabricante de eletrônicos, smartphones e microcomputadores sul-coreana Samsung, a quem a empresa relacionou dívida de R$ 1,209 bilhão.
Na terça-feira, a Justiça do Rio de Janeiro suspendeu o bloqueio de R$ 1,2 bilhão em recursos da Americanas que estavam em poder do BTG Pactual.
A decisão diz que os recursos “serão utilizados somente para a atividade fim e sob direta gestão dos administradores judiciais até o julgamento do mérito do mandado de segurança impetrado pelo BTG”.