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Líderes da União Europeia (UE) anunciaram nesta terça (17) que decidiram fechar as fronteiras externas dos 27 países que compõem o bloco por 30 dias para conter o avanço do novo coronavírus (COVID-19). A decisão tem efeito imediato
No entanto, será estabelecida uma via rápida nas divisas dos países para manter a circulação de produtos.
"O inimigo é o vírus, e nós temos que fazer nosso máximo para proteger nosso povo e nossas economias", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, à Reuters. "Estamos prontos para fazer tudo o que for necessário. Não vamos hesitar em tomar mais atitudes, conforme for necessário".
O acordo não é vinculante — ou seja, depende de os líderes europeus se comprometerem a cumprir o combinado.
"A implementação depende deles. Eles disseram que o fariam de imediato", disse Ursula von der Leyen.
Com o fechamento da fronteira externa dos países-membros, a expectativa da UE é de que integrantes do bloco decidam reabrir as fronteiras internas. Espanha, França e Dinamarca estão com as fronteiras fechadas, por exemplo.
Há também razões políticas e econômicas para que a UE queira a reabertura das fronteiras internas. O chamado espaço Schengen, que garante a livre circulação entre os países-membros, é crucial para o mercado europeu e está no coração do projeto da UE.
A presidente da Comissão Europeia não confirmou se algum dos países-membros tinha suspendido restrições impostas sobre as fronteiras internas.
Na última sexta-feira (13), a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que a Europa é o novo epicentro do vírus. "Mais casos estão sendo confirmados na Europa diariamente do que a China relatava no auge da epidemia no país", justificou o diretor-geral do órgão, Tedros Ghebreyesus.
No Brasil, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse agora à tarde que o governo já deveria ter fechado as fronteiras brasileiras como forma de conter a disseminação do novo coronavírus.