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Vacina dos EUA contra covid-19 confirma resultado animador e vai para a última fase de testes
O epidemiologista Anthony Fauci qualifica como ótimas notícias os resultados provisórios que mostram eficácia contra o vírus em todos os pacientes de uma vacina do laboratório Moderna
Os resultados publicados nesta terça-feira confirmam que todos os indivíduos que participaram dos testes desenvolveram proteção contra a doença sem efeitos secundários. “São ótimas notícias”, disse o epidemiologista Fauci ao The Wall Street Journal. Fauci é desde 1984 o diretor do Instituto Nacional de Doenças Alérgicas e Infecciosas (NIAID, na sigla em inglês), integrado aos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), que por sua vez participam da pesquisa para o desenvolvimento da vacina.
“Os anticorpos neutralizantes são o mais importante para a proteção contra uma infecção viral”, disse Fauci. “E os dados do estudo, embora os números sejam pequenos, deixam muito claro que esta vacina é capaz de induzir ótimos níveis de anticorpos neutralizantes”. Os resultados se baseiam nos testes com 45 participantes, com idades entre 18 e 55 anos.
A Moderna foi a primeira empresa a começar o estudo sobre o novo coronavírus em humanos, em 16 de março, apenas 66 dias depois de ser publicada a sequência genética do vírus. O Governo dos Estados Unidos financiou a investigação com quase 500 milhões de dólares e escolheu a empresa entre as primeiras para fazerem testes em humanos em grande escala.
Os dados da fase 1 de experimentação “demonstram que a vacinação com o ARNm-1273 [o nome da vacina candidata] provoca uma reação imunológica em todas as dosagens”, disse o diretor médico da Moderna, Tal Zanks, citado pela Efe.
O estudo passa agora a uma nova fase, com início em 27 de julho, envolvendo 30.000 participantes em quase 90 localidades dos Estados Unidos. Os pesquisadores inocularão a vacina na metade dos participantes, e um placebo na outra metade. O estudo deve durar até outubro de 2022, mas a companhia estima que terá resultados antes dessa data. O laboratório Moderna disse na terça-feira que já tem doses suficientes para toda a pesquisa e está em condições de produzir 500 milhões delas por ano.