Mundo

Rússia pede reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU sobre ataques dos EUA

Ações contra Iraque e Síria motivaram ação do governo russo

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM CNN 03/02/2024
Rússia pede reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU sobre ataques dos EUA
Plenário do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York | Shannon Stapleton/Reuters

A Rússia solicitou uma reunião urgente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os ataques dos EUA ao Iraque e à Síria, de acordo com a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, informou a agência de notícias estatal russa TASS no sábado (3).

Zakharova disse que os ataques aéreos americanos “demonstraram mais uma vez ao mundo a natureza agressiva da política dos EUA no Médio Oriente e o total desrespeito de Washington pelo direito internacional”.

Uma reunião do Conselho de Segurança da ONU relacionada com os ataques dos EUA está marcada para 5 de fevereiro, informou a TASS. A ONU ainda não publicou detalhes que confirmem a sessão de emergência.

Em um comunicado divulgado no sábado, Moscou criticou os EUA por “inflamarem o conflito” e semearem “destruição e caos” no Médio Oriente.

As críticas da Rússia surgem em um momento em que o país trava uma guerra exaustiva após a invasão em grande escala da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Os principais intervenientes regionais também criticaram a ação militar dos EUA:

O Hezbollah, grupo paramilitar libanês apoiado pelo Irã, afirmou, em um comunicado no sábado, que a “flagrante agressão americana contra o Iraque e a Síria” contribuiu para a desestabilização da região e demonstrou um desrespeito pelas leis humanitárias e internacionais.

O Hezbollah está entre os representantes iranianos no centro dos temores de uma guerra mais ampla no Oriente Médio devido aos confrontos em curso com as tropas israelitas na fronteira no sul do Líbano.

O Hamas, que continua em guerra com Israel em Gaza, também condenou os ataques aéreos como um ato de “agressão americana” e uma “escalada significativa”, dizendo que os EUA agiram em “violação da soberania dos dois países árabes”.