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Empresas chinesas que tentam adquirir chips de IA para militares entram em lista de restrições dos EUA
As licenças requeridas aos fornecedores serão provavelmente negadas para enviar mercadorias e tecnologia para as empresas da lista
Os Estados Unidos estão adicionando quatro empresas chinesas a uma lista de restrições de exportação por tentar adquirir chips de inteligência artificial para as Forças Armadas da China, disse uma autoridade dos EUA na quarta-feira (10).
As empresas estão “envolvidas com o fornecimento de chips de IA para programas de modernização militar da China” e usuários de inteligência militar, afirmou Kevin Kurland, do Departamento de Comércio, uma autoridade de fiscalização de exportação, em uma audiência do subcomitê do Senado dos EUA sobre o fortalecimento da fiscalização do controle de exportação.
As empresas estão entre os 11 acréscimos à Lista de Entidades do Departamento de Comércio publicada pelo governo na quarta-feira. Os fornecedores precisam de licenças, que provavelmente serão negadas, para enviar mercadorias e tecnologia para as empresas da lista.
De acordo com a publicação no Registro Federal, quatro entidades chinesas foram adicionadas por adquirirem e tentarem adquirir itens norte-americanos em apoio aos esforços de modernização militar da China. A publicação não detalhou o motivo.
As empresas são LINKZOL (Beijing) Technology Co, Xi’an Like Innovative Information Technology Co, Beijing Anwise Technology Co e SITONHOLY (Tianjin) Co.
A China se opõe ao abuso da lista e de outras ferramentas de controle de exportação por parte dos EUA para “conter e suprimir” as empresas chinesas, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Mao Ning em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira.
O país pediu que os EUA parem de politizar as questões comerciais e tecnológicas e que vai tomar as medidas necessárias para proteger seus direitos e interesses, acrescentou ela.
Na postagem, os Estados Unidos também restringiram as exportações para cinco empresas que, segundo eles, estavam ajudando a produzir e adquirir drones para serem usados pela Rússia na Ucrânia e pelos Houthis apoiados pelo Irã em ataques a navios no Mar Vermelho.