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Ataque a tiros deixa seis mortos em Jerusalém, diz autoridade

Oficiais afirmaram que "terroristas foram contidos" após os disparos

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM CNN 08/09/2025
Ataque a tiros deixa seis mortos em Jerusalém, diz autoridade
Um ataque a tiros em um ponto de ônibus em Jerusalém nesta segunda-feira (8) matou seis pessoas e feriu diversas outras | CNN

Um ataque a tiros em um ponto de ônibus em Jerusalém nesta segunda-feira (8) matou seis pessoas e feriu diversas outras, incluindo uma mulher grávida, declarou o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar.

O serviço de ambulâncias de Israel informou anteriormente que cinco pessoas haviam morrido.

Entre os mortos, havia um homem na faixa dos 50 anos e três homens por volta dos 30, informou o MDA (Magen David Adom), serviço de resposta a emergências de Israel.

Uma mulher na faixa dos 50 anos morreu depois que socorristas a levaram às pressas para o hospital em estado crítico, informou o MDA. Além disso, o serviço também relatou que tratou seis pessoas em estado grave, duas em condição moderada e três em estado leve.

Dois agressores chegaram de veículo ao cruzamento de Ramot, em Jerusalém, e abriram fogo contra um ponto de ônibus, afirmou a polícia israelense em um comunicado.

Um agente de segurança e um civil presentes no local revidaram, “neutralizando” os agressores, acrescentou o comunicado. Diversas armas, munições e uma faca usada pelos agressores foram recuperadas no local, informou a polícia israelense.

“Grandes forças policiais, sob o comando do Comandante Distrital, estão protegendo a área. Unidades policiais de desarmamento de bombas estão garantindo a segurança da área, enquanto equipes forenses estão reunindo evidências.”

O ocorrido marca o ataque mais mortal na cidade desde novembro de 2023, quando dois militantes do Hamas abriram fogo contra um ponto de ônibus lotado em Jerusalém Ocidental, matando três israelenses e ferindo outros 16.

O Hamas não assumiu a responsabilidade, mas emitiu um comunicado elogiando o ataque.

O primeiro-ministro israelense Benjamin, que realizou uma “avaliação situacional” com chefes de segurança após o ataque, visitou o local.

“Estamos em guerra contra o terrorismo. A guerra continua na Faixa de Gaza e, infelizmente, também em Jerusalém. Na Judeia e Samaria, frustramos centenas de ataques este ano, mas, infelizmente, não hoje”, disse Netanyahu no local.

“Judeia e Samaria” é o termo bíblico pelo qual os israelenses se referem à Cisjordânia ocupada.

Novos capítulos da guerra em Gaza agravam cenário

Na semana passada, uma avaliação de segurança apresentada a ministros israelenses em uma reunião com Netanyahu alertou para o potencial de um surto na Cisjordânia ocupada nas próximas semanas, disseram à CNN duas autoridades israelenses informadas sobre a discussão.

Uma autoridade afirmou que a combinação dos iminentes desenvolvimentos da criação de um Estado palestino e das declarações israelenses sobre a possível anexação da Cisjordânia “poderia levar a uma grave escalada da situação de segurança na Cisjordânia”.

Soldados israelenses foram enviados ao local, informaram as IDF (Forças de Defesa de Israel) nesta segunda-feira, acrescentando que estão vasculhando a área em busca de suspeitos em cooperação com a Polícia de Israel.

Os soldados também estão “cercando” várias áreas nos arredores de Ramallah, na Cisjordânia, a fim de “frustrar o terrorismo e fortalecer os esforços de defesa”, informou a IDF.