Política
Desdobramentos da CPMI do INSS acendem alerta no governo em ano eleitoral
Segundo o analista Teo Cury, requerimentos para convocar Fábio Luís Lula da Silva na investigação sobre fraudes no INSS podem afetar estratégia eleitoral do atual governo, analisa especialista
A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ganhou um novo capítulo após o relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), protocolar requerimentos de convocação de Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, filho de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo o analista Teo Cury, no Agora CNN, este protocolo tem peso na campanha eleitoral de Lula em 2026 e acendeu um alerta no governo.
Embora Lulinha não seja investigado no inquérito da PF (Polícia Federal) sobre o esquema fraudulento, a menção ao seu nome já provocou mobilização entre parlamentares da oposição.
De acordo com Cury, essa movimentação encontrará pelo menos dois obstáculos imediatos: a maioria governista na composição da CPMI e o recesso parlamentar, que se estende até fevereiro de 2026, quando as atividades serão retomadas.
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A oposição vê na CPMI uma oportunidade para desgastar a candidatura do atual mandatário, transformando as investigações sobre fraudes no INSS em uma das principais linhas de ataque.
O calendário legislativo de 2026 será reduzido devido às eleições, o que afeta tanto os parlamentares que tentam blindar o governo quanto aqueles que buscam avançar com as investigações sobre o esquema.
Mesmo assim, o próprio Lula declarou esta semana que, caso algum de seus filhos estivesse envolvido em fraudes, deveria ser investigado, adotando um discurso de que os problemas no INSS estão vindo à tona justamente porque o governo está conduzindo investigações.