O líder da bancada de Mato grosso, Deputado federal Neri Geller(PP), ex-ministro da Agricultura, vai ter muita dor de cabeça para tentar convencer os procuradores federais e os ministros do Supremo Tribunal Federal(STF) acerca da acusação feita pelo ex-executivo do grupo J&F (JBS) Ricardo Saud, que acusa o parlamentar mato-grossense de ‘articular’ a compra de votos de deputados federais para eleger para presidente da Câmara dos Deputados, o ex-Deputado Eduardo Cunha(MDB/RJ).
A denuncia de Saud faz parte de um acordo de delação premiada feito com a Procuradoria Gearl da República(PGR). De acordo com a PGR, Geller teria liberado o pagamento de 30 milhões de reais para que Saud pudesse persuadir os congressistas de que a eleição de Cunha seria a melhor opção para fazer contraponto a então presidente Dilma Rousseff. A denuncia foi feita em reportagem especial da revista Veja publicada nesta semana.
O Deputado mato-grossense, segundo Ricardo Saud, quando estava como ministro da Agricultura em 2014, teria assinado uma portaria beneficiado a JBS, que teria retribuído com os recursos para a compra dos votos. A referida portaria é a que retirou a obrigatoriedade do uso de “avermectinas”, um agrotóxico poderoso barrado em outros países. A PGR representou Geller e o Supremo Tribunal Federal (STF) fez a abertura do inquérito.