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EUA anunciam sanções contra mais de 20 autoridades alinhadas com Nicolás Maduro
Movimento é pressão para que pessoas atingidas rompam com presidente da Venezuela
Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (27) novas sanções individuais contra mais de 20 autoridades alinhadas com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para pressioná-lo a aceitar os resultados das eleições presidenciais de julho, disseram altos funcionários do governo em entrevista coletiva.
Diversos países, inclusive os EUA, não reconhecem a vitória de Maduro e afirmam que o verdadeiro vencedor do pleito é o opositor Edmundo González.
Altos funcionários americanos acreditam que as novas sanções pressionarão as autoridades venezuelanas a romperem com o governo Maduro e facilitarem uma transição democrática no país.
As sanções têm como alvo oficiais militares da Guarda Nacional Venezuelana, da Polícia Bolivariana e de outros ramos do aparato de segurança, segundo autoridades norte-americanas.
As numerosas sanções petrolíferas e licenças gerais concedidas a certas empresas, como a petrolífera americana Chevron, para fazer negócios na Venezuela continuam em vigor, mas estão “sob constante revisão”, advertiu um dos responsáveis.
Estados Unidos reconhecem vitória de González
O anúncio ocorre uma semana depois de o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, ter pontuado que os Estados Unidos reconhecem formalmente o líder da oposição venezuelana, Edmundo González, como o presidente eleito do país.
Anteriormente, uma nota do Departamento de Estado americano já havia reconhecido González como vitorioso no pleito.
“O povo venezuelano falou enfaticamente no dia 28 de julho e nomeou Edmundo González presidente eleito. A democracia exige respeito pela vontade dos eleitores”, publicou o principal diplomata dos EUA durante a sua participação na Cúpula do G20 no Rio de Janeiro.
Quando questionados se houve alguma comunicação com a equipe de segurança nacional do presidente eleito, Donald Trump, sobre a Venezuela, uma das fontes evitou o assunto, dizendo que está “ciente” de que uma nova administração tomará posse em 20 de janeiro, mas que o anúncio de hoje faz parte do “compromisso da administração Biden em promover a democracia na Venezuela”.
“Tomamos estas medidas em relação à Venezuela como parte do compromisso da administração Biden de promover a democracia na Venezuela e também de responsabilizar o regime venezuelano e os atores do regime por práticas que incluem a repressão política e a subversão da vontade democrática do povo”, destacou a autoridade
“Obviamente, estamos cientes de que haverá uma mudança de administração em 20 de janeiro e, nessa altura, uma nova administração poderá abordar esta questão com a Venezuela”, concluiu.