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Parlamento Europeu reconhece Edmundo González como presidente eleito da Venezuela

Legislativo da Espanha também reconheceu vitória do opositor de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais venezuelanas

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM CNN 19/09/2024
Parlamento Europeu reconhece Edmundo González como presidente eleito da Venezuela
Ex- candidato presidencial de oposição na Venezuela, Edmundo González | Reuters

O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira (19) a resolução para que a câmara reconheça Edmundo González como “presidente legítimo e democraticamente eleito da Venezuela”, bem como reconheça María Corina Machado “como líder das forças democráticas na Venezuela.”

A medida apresentada pelo Partido Popular Europeu foi aprovada por 309 votos a favor.

A moção marca a posição do parlamento à situação pós-eleitoral da Venezuela e transmite um pedido a todos os Estados-membros da União Europeia para que façam o mesmo. No entanto, a resolução não é vinculativa para os países que compõem o bloco comunitário.

Até à data, os 27 líderes do bloco continuam a solicitar às autoridades venezuelanas que apresentem os resultados das eleições presidenciais de 28 de julho.

Por proposta do Partido Popular, tanto o Parlamento espanhol como o Senado espanhol também reconheceram González como o vencedor das eleições realizadas em 28 de julho.

Com a aprovação de ambas as iniciativas não legislativas, as duas câmaras pediram ao Governo espanhol que fizesse o mesmo, mas o Executivo descartou a possibilidade.

O Presidente do Governo espanholPedro Sánchez, chegou a salientar que não iria modificar a sua posição e que estaria trabalhando em conjunto com os restantes parceiros da União Europeia para “encontrar uma saída que transmita a vontade democrática expressada nas urnas pelo povo venezuelano”.

González agradece ao Parlamento Europeu

González agradeceu nesta quinta-feira ao Parlamento Europeu pela aprovação da resolução.

“Os venezuelanos querem a mesma coisa que os europeus conseguiram alcançar no nosso tempo: viver em liberdade e democracia, sob um Estado de direito (…) Como venezuelano, não estou sozinho. Muito pelo contrário. Estou acompanhado por aquela voz estrondosa de todo um povo que, onde quer que esteja, anseia por se reunir com um futuro de liberdade e bem-estar”, disse o candidato presidencial em comunicado publicado no site Vente Venezuela.