R$ 170 milhões. Esse é o valor que teriam sido pagos para as empresas Capgraf Editora, Indústria, Comércio e Serviços, R.M.W. Serviços de Cópias e Impressões, Prixx Tecnologia da Informática Sistemas e Empreendimentos, e a empresa Gendoc Sistemas e Empreendimentos Ltda.
Os valores foram pagos em contratos públicos pelo período de seis anos e envolveu a Secretaria de Tecnologia da Informação do TCE, segundo afirmou Procuradores da República e Delegados Federais.
O TCE era comandado na época pelos Conselheiros afastados por corrupção José Carlos Novelli, Antônio Joaquim Moraes, Waldir Júlio Teis, Walter Albano da Silva e Sérgio Ricardo de Almeida.
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal montaram uma ‘força tarefa’ com cruzamentos de dados fiscais, patrimoniais e bancários para investigar, além dos conselheiros as empresas.
A dinheirama da extorsão praticada pelo Conselheiros contra o ex-governador Silval Barbosa, no valor de R$ 53 milhões, saiu do pagamento para essas empresas. Uma delas, a Gendoc, é de propriedade de Waldisnei da Cunha Amorim, e seria do ‘esquema’ de Novelli. A Gedoc foi a responsável em passar R$ 40 milhões para os cinco conselheiros, dinheirama da propina paga pelo ex-governador Silval, diz o MPF e a PF.
Os Conselheiros foram denunciados pelo ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa, e pelo ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf – e iniciou um curso de investigação sobre um dos maiores ‘esquema’ de corrupção envolvendo aquele órgão. Em 2017, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal(STF), Luiz Fux, a Polícia Federal realizou a Operação Malebolge.
Eles extorquiram do ex-governador Silval Barbosa a bagatela de R$ 53 milhões para aprovar as contas do governo. Nesta quarta feira, 17, na nova Operação da PF, o STJ embasou na petição assinada pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araujo e encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Nesta quarta feira, 17 agentes da Policia Federal por determinação do Superior Tribunal de Justiça realizou a 16ª Operação Ararath e fez buscas e apreensão nos imóveis de José Carlos Novelli, Waldir Teiss e Sérgio Ricardo.
A ordem para as medidas cautelares partiu do ministro Raul Araújo, relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Ao todo foram cumpridos 19 alvos, sendo 8 empresas, 8 pessoas físicas, 2 fazendas e na sede do Tribunal de Contas do Estado. Além das buscas, o relator acatou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para a quebra de sigilos e para compartilhamento de informações entre os investigadores e a Receita Federal relacionadas a 33 empresas e 30 pessoas físicas que teriam participação no esquema.