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Polícia Federal prepara megaoperação para investigar esquema bilionário de empréstimos em Mato Grosso a pedido do MPF

Um novo escândalo está prestes a sacudir Mato Grosso

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM MPF-MT/COM PF-MT 17/06/2025
Polícia Federal prepara megaoperação para investigar esquema bilionário de empréstimos em Mato Grosso a pedido do MPF
As informações preliminares indicam que o rombo pode ultrapassar a casa dos R$ 500 milhões, considerando o montante de operações realizadas sob suspeita em apenas três anos | Diário Oficial Noticias

A Polícia Federal, atendendo a uma requisição direta do Ministério Público Federal (MPF), está finalizando os preparativos para deflagrar uma megaoperação com foco na apuração de um esquema criminoso envolvendo empresas que operam com crédito consignado no estado. As investigações miram contratos suspeitos, fraudes em margens consignáveis e a atuação de verdadeiros "cartéis" do empréstimo.

Conforme apurado, a ofensiva terá como alvos empresas que, ao longo dos últimos anos, teriam se beneficiado de fragilidades nos sistemas de controle e fiscalização para impor condições abusivas a aposentados, pensionistas e servidores públicos. Há suspeitas de adulteração de documentos, falsificação de autorizações e até corrupção de agentes para liberação de valores vultosos.

As informações preliminares indicam que o rombo pode ultrapassar a casa dos R$ 500 milhões, considerando o montante de operações realizadas sob suspeita em apenas três anos. Fontes ligadas ao caso afirmam que foram identificadas centenas de vítimas, muitas das quais sequer tinham ciência da contratação dos supostos empréstimos.

“Os indícios são gravíssimos e demonstram um esquema estruturado, que extrapola as fronteiras do estado. O objetivo da operação é desarticular essa rede de exploração institucionalizada.”

A operação da PF deverá cumprir dezenas de mandados de busca e apreensão em escritórios, residências e instituições financeiras em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop. Alguns nomes de empresários e operadores já estão no radar das autoridades, e há expectativa de que prisões preventivas sejam decretadas para evitar destruição de provas.

Especialistas apontam que o caso poderá gerar um verdadeiro efeito dominó no mercado de crédito consignado em todo o Brasil, uma vez que empresas do setor operam em diversos estados com as mesmas práticas.

O Ministério Público Federal já solicitou o compartilhamento das informações com a Controladoria-Geral da União (CGU) e com o Tribunal de Contas da União (TCU), em razão do possível desvio de recursos públicos e danos ao erário.