Polícia

Caçada Internacional: Chileno da Lista Vermelha da Interpol é Encurralado e Preso em Hotel de Cuiabá

Perigoso foragido acusado de espancar um idoso e ameaçar um policial tentava se esconder no Brasil após fuga cinematográfica

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM PF 03/07/2025
Caçada Internacional: Chileno da Lista Vermelha da Interpol é Encurralado e Preso em Hotel de Cuiabá
O foragido, considerado violento e perigoso, vinha fugindo havia meses das autoridades internacionais | Divulgação PF/MT

A Polícia Federal deflagrou, na noite de quarta-feira,02, uma operação de alto risco que culminou na prisão de Martín de los Santos Lehmann, de 32 anos, criminoso chileno que constava na temida difusão vermelha da Interpol, a lista dos mais procurados do mundo.

O foragido, considerado violento e perigoso, vinha fugindo havia meses das autoridades internacionais. Ele cruzou clandestinamente a fronteira e percorreu diversos estados brasileiros — entre eles Santa Catarina, São Paulo e, por último, Mato Grosso — na tentativa desesperada de escapar do cerco policial.

Segundo a investigação, Martín é acusado de crimes brutais no Chile, incluindo lesão corporal grave contra um idoso indefeso e ameaças a um policial. As agressões chocaram as autoridades chilenas e levaram a Justiça daquele país a acionar os canais internacionais de captura.

Na noite da prisão, agentes federais monitoravam o paradeiro do chileno havia semanas, em uma operação sigilosa que envolveu troca intensa de informações com a Polícia de Investigações do Chile (PDI) e núcleos especializados da PF. Ele foi encurralado dentro de um hotel na região central de Cuiabá, sem chance de fuga.

De acordo com a Polícia Federal, a prisão foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, que expediu mandado de prisão para fins de extradição. Contra Martín pesava ainda o alerta máximo da Interpol, que determinava sua captura imediata.

Após a detenção, o estrangeiro foi levado sob escolta reforçada até a sede da PF, onde permanece preso, aguardando audiência de custódia. Ele deverá ser extraditado ao Chile para responder pelos crimes que cometeu.

O caso escancara a atuação articulada entre polícias de diferentes países e mostra que nem mesmo fronteiras internacionais conseguem proteger criminosos que tentam se esconder da Justiça.