Polícia
Chacina familiar em Tangará: homem assassina morador de rua e degola a própria mãe
Em menos de 48 horas, ele tirou a vida de um homem em situação de rua e matou a própria mãe de maneira cruel, em um crime que chocou toda a cidade

Tangará da Serra (242,6 KM de Cuiabá) viveu momentos de puro terror nesta semana com uma sequência brutal de assassinatos cometidos por Ronaldo Aparecido de Oliveira, de 48 anos.
Em menos de 48 horas, ele tirou a vida de um homem em situação de rua e matou a própria mãe de maneira cruel, em um crime que chocou toda a cidade.
O primeiro ataque aconteceu na manhã de terça-feira (9). Segundo a Polícia Civil, Ronaldo se aproximou de Claudemir Cordeiro Rodrigues, de 39 anos, que dormia na calçada em frente a uma loja no centro do município. Sem qualquer chance de defesa, Claudemir foi esfaqueado três vezes no peito. Funcionários que chegavam ao local encontraram o corpo caído e acionaram a polícia.
Câmeras de segurança flagraram o momento em que Ronaldo deixava a cena do crime calmamente. Desde então, ele passou a ser procurado.
Mas o pior ainda estava por vir. Na manhã de quarta-feira (10), equipes da Polícia Militar e Polícia Civil chegaram ao endereço do suspeito para efetuar sua prisão. Foi nesse momento que moradores ouviram gritos desesperados vindos de dentro da casa.
Ao invadirem a residência, vizinhos se depararam com uma cena de horror: Ronaldo estava esfaqueando a própria mãe, Luzia da Silva Oliveira, de 68 anos. De acordo com testemunhas, ela foi atingida por pelo menos 14 golpes de faca, muitos deles no pescoço e no rosto.
Mesmo ferida, Luzia ainda foi socorrida pelo Samu, mas morreu antes de chegar ao hospital. Vizinhos revoltados conseguiram imobilizar o assassino até a chegada das autoridades.
O delegado Igor Sasaki, responsável pela investigação, classificou o crime como de extrema crueldade e frieza.
“É uma situação que choca. São dois homicídios cometidos em sequência, e a mãe foi morta de forma brutal. Ele vai responder por duplo homicídio qualificado e feminicídio,” declarou.
A escalada de violência não começou ali. Apenas dois dias antes do primeiro assassinato, Ronaldo já havia sido flagrado agredindo outro homem com um pedaço de madeira em um posto de combustível.
Segundo a polícia, ele possui histórico de comportamento agressivo e surtos de violência, mas nada se compara à brutalidade dos assassinatos que terminaram na tragédia familiar.
Ronaldo permanece preso e deve ser apresentado em audiência de custódia nesta quinta-feira (11). A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) continua investigando a motivação e se havia planejamento para os ataques.
O caso provoca revolta e indignação entre moradores de Tangará da Serra, que se dizem abalados pela sequência de crimes e pela forma impiedosa como as vítimas foram executadas.