O ex-jogador da seleção brasileira de vôlei, Everton Pereira Fagundes da Conceição, conhecido como “Boi”, de 46 anos, foi assassinado a tiros na noite de quinta-feira,10, em Cuiabá. O crime brutal chocou familiares, amigos e a comunidade esportiva.

De acordo com a Polícia Civil, o principal suspeito é o empresário Idirley Alves Pacheco, ex-marido de uma mulher com quem Everton se relacionava. Ele teria sequestrado a vítima antes de executá-la com três disparos dentro de uma caminhonete Amarok, no bairro República do Líbano.

Segundo as investigações preliminares, Everton foi rendido pelo suspeito e obrigado a dirigir sob ameaça. Testemunhas relataram que após os tiros, o ex-atleta perdeu o controle do veículo e colidiu contra uma caminhonete F350 que trafegava no sentido oposto.

Após o crime, o autor foi visto fugindo a pé e entrando em outro carro. Até a publicação desta reportagem, ele continuava foragido.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas Everton morreu no local. A cena do crime foi isolada para os trabalhos da Delegacia de Homicídios e da Perícia Oficial (Politec).

Natural de Várzea Grande, Everton começou no vôlei aos 11 anos, no Colégio Adventista, atuando como oposto. Aos 14, foi convocado pelo Minas Tênis Clube e, em 1995, defendeu a seleção brasileira sub-19, conquistando o Campeonato Mundial Infanto-Juvenil em Porto Rico. No ano seguinte, sagrou-se campeão sul-americano no Paraguai.

Ao longo da carreira, passou por clubes como Suzano e Santo André, disputou a Superliga Brasileira e jogou profissionalmente na Espanha, Japão e Argentina. Retornou a Mato Grosso em 2008 e se aposentou atuando pelo Cuiabá Vôlei Clube em 2010.

O caso começou a se desenrolar quando uma mulher procurou a delegacia relatando que seu ex-marido havia sequestrado Everton e estava em posse de uma arma. Pouco tempo depois, o crime foi consumado.

Segundo o boletim de ocorrência, o suspeito obrigou Everton a seguir dirigindo a caminhonete enquanto o ameaçava. Na altura do posto Bom Clima, na avenida Dr. Hélio Ribeiro, ele efetuou três disparos à queima-roupa.

Imagens de segurança da região confirmaram a dinâmica e mostraram o suspeito fugindo logo após o assassinato.

A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) segue em diligências para localizar o autor. Informações podem ser repassadas de forma anônima ao Disque-Denúncia pelo telefone 197.