A Polícia Civil cumpriu, na manhã de terça-feira,15, mandados de prisão e de busca e apreensão contra três suspeitos acusados de participação no assassinato de Ivan Michel Bonotto, de 35 anos, em Sorriso, no norte de Mato Grosso.

Entre os alvos da ação está uma médica do município, apontada como peça-chave na motivação do crime e responsável por fraudar provas para tentar encobrir o homicídio.

Entre os alvos da ação está uma médica do município, apontada como peça-chave na motivação do crime e responsável por fraudar provas para tentar encobrir o homicídio.

Entre os alvos da ação está uma médica do município, apontada como peça-chave na motivação do crime e responsável por fraudar provas para tentar encobrir o homicídio.

Batizada de Operação Inimigo Íntimo, a ofensiva mobilizou equipes da Delegacia de Sorriso e foi autorizada pela 1ª Vara Criminal do município. Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e três de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares. Os investigados podem responder por homicídio qualificado e fraude processual.

O assassinato ocorreu na madrugada de 22 de março dentro de uma distribuidora de bebidas. A vítima foi atraída ao local, atacada pelas costas e esfaqueada diversas vezes. Apesar de ter sido socorrida e ter apresentado sinais de melhora no hospital, morreu em abril após uma parada cardiorrespiratória.

Inicialmente, o caso foi tratado como resultado de uma briga motivada por consumo de álcool. Porém, imagens de câmeras de segurança e outros elementos de prova mostraram que o crime foi planejado. Conforme a Polícia Civil, a motivação seria passional: a vítima mantinha um relacionamento amoroso com a médica investigada, esposa do proprietário da distribuidora, que é apontado como mandante do assassinato.

O envolvimento da médica vai além da motivação passional. Segundo o delegado Bruno França, responsável pelo caso, ela atuou ativamente para apagar provas logo após o crime. Apenas quatro minutos depois de a vítima dar entrada no Hospital 13 de Maio, a suspeita chegou ao local dizendo ser “amiga” e tomou posse do celular de Ivan.

Nos dias seguintes, ela apagou mensagens, fotos e um vídeo que relacionavam a vítima ao executor e ao casal investigado, tentando impedir o esclarecimento da autoria. Só após três dias devolveu o aparelho à família, já com os registros eliminados.

“As investigações apontaram que a médica foi mentora da fraude processual e cometeu uma série de atos para esconder da Polícia a realidade dos fatos”, declarou o delegado.

Operação

Os mandados judiciais cumpridos nesta terça-feira representam um desdobramento da apuração que desmontou as versões iniciais apresentadas pelos suspeitos. Durante o trabalho, os policiais constataram que a vítima tinha laços de confiança com o casal investigado, com quem costumava se hospedar sempre que estava na cidade de Sorriso.

A Polícia Civil informou que as diligências continuam.