Polícia

Médica admite ter apagado provas do celular da vítima em investigação de homicídio

A informação foi confirmada pela Polícia Civil de Sorriso, responsável pela investigação do crime ocorrido em março deste ano

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM PC-MT 15/07/2025
Médica admite ter apagado provas do celular da vítima em investigação de homicídio
Sabrina, que é esposa do empresário Gabriel Tacca, apontado como mandante do homicídio, não teve prisão decretada, mas foi alvo de mandado de busca e apreensão | PC-MT/Divulgação

A médica Sabrina Iara de Mello, investigada por fraude processual no caso do assassinato de Ivan Michel Bonotto, confessou que apagou conteúdos do celular da vítima enquanto ele ainda estava internado na UTI.

A informação foi confirmada pela Polícia Civil de Sorriso, responsável pela investigação do crime ocorrido em março deste ano.

Sabrina, que é esposa do empresário Gabriel Tacca, apontado como mandante do homicídio, não teve prisão decretada, mas foi alvo de mandado de busca e apreensão e prestou depoimento nesta semana. Durante o interrogatório, ela admitiu ter excluído mensagens e arquivos que poderiam comprovar o relacionamento extraconjugal que mantinha com a vítima. Apesar disso, negou qualquer envolvimento direto na morte.

De acordo com o delegado Bruno França, imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que a médica foi até o hospital e pegou o telefone de Ivan, que estava internado em estado grave após ter sido esfaqueado.

“Ela confirmou ter apagado conteúdos do aparelho para tentar ocultar informações que pudessem comprometer a situação dela e do marido. Isso caracteriza fraude processual”, explicou o delegado.

Segundo as investigações, Ivan era amigo próximo do casal e costumava se hospedar na casa deles sempre que vinha de Tapurah, onde residia. O crime teria sido motivado pelo descobrimento do relacionamento entre Sabrina e Ivan.

No dia 22 de março, Ivan foi atacado com facadas dentro da distribuidora de bebidas de propriedade do marido de Sabrina. Inicialmente, o casal alegou que se tratava de uma briga de bar com uma pessoa desconhecida, mas a polícia reuniu provas que apontam para o envolvimento direto do empresário e a participação da médica na tentativa de encobrir o crime.

PC-MT/Divulgação
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A vítima permaneceu internada por 22 dias, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na UTI em 13 de abril.

A Polícia Civil segue analisando o material apreendido nos aparelhos celulares e deve concluir o inquérito em até 30 dias. Sabrina poderá responder por fraude processual e outros crimes que eventualmente sejam apurados durante as diligências.