Política

Eleições: Agro se divide em MT, ‘articula’ o nome de Neri Geller para a Senatoria e Fávaro ao governo

Além de Fávaro, as lideranças já reuniram com o deputado federal Neri Geller, do PP, para tentara costura uma candidatura do parlamentar ao Senado, apoiado pelo agro

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA 23/03/2022
Eleições: Agro se divide em MT, ‘articula’ o nome de Neri Geller para a Senatoria e Fávaro ao governo
Foto: Arquivo
Responsável por uma fatia cada vez maior da economia brasileira, e um dos pilares da mato-grossense, as lideranças do agronegócio nunca estiveram tão presentes nos discursos, agendas e alianças dos candidatos que lideram a corrida presidencial nas eleições deste ano no estado. As incógnitas acerca da escolha de apoio ao projeto de reeleição do governador Mauro Mendes, União Brasil, e dá a escolha de um candidato de peso para a Senatoria, está dividindo o setor. Em nível nacional, dada como certa há algumas semanas, a ideia do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, filiar ao partido arrefeceu. Um dos motivos, dizem aliados, é a incerteza quanto à real intenção do partido em bancar uma candidatura presidencial. Alguns chama de ambíguo a incerteza do presidente da legenda, Gilberto Kassab, quanto a ter um nome alternativo para confrontar Lula, do PT e Jair Bolsonaro, do PL. Ou, definitivamente, apoiar o petista no 1º turno. Esta última alternativa não está descartada. A indefinição, segundo dirigentes nacionais da agremiação, e fazer com que a sigla  fique de fora da polarização para não perder o controle do partido no 1º turno. Em Mato Grosso, desde a semana passada alguns líderes do agronegócio já tiveram reuniões com o senador mato-grossense, Carlos Fávaro, PSD, para tentar convencê-lo em se lançar candidato ao governo. Além de Fávaro, as lideranças já reuniram com o deputado federal Neri Geller, do PP, para tentara costura uma candidatura do parlamentar ao Senado, apoiado pelo agro. As decisões do rumo que os virtuais candidatos terão que tomar nos próximos dias é importante. Pois Carlos Fávaro ainda tem quatro anos no mandato de senador e mesmo perdendo a eleição para o governo, criaria base eleitoral para candidatura ao Senado, em 2026. Já Neri iria polarizar com o senador Wellington Fagundes, do PL, que disputa a reeleição apoiando a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, do PL. Alguns líderes do agronegócio mato-grossense acham que Neri será excluídos de compor a chapa majoritária com o governador Mendes e caso ele aceite disputar contra a chapa do governador Mendes, deve protagonizar uma das disputas mais acirradas ao Senado nos últimos anos no estado. A questão é saber para quem o grupo dará palanque para presidente. Se for para Lula, o grupo também poderá enfrentar a candidatura ao Senado da médica Natasha Slhessarenko filha da ex-senadora mato-grossense, Serys Slhessarenko. Em conversações recentes, está bem adiantada um provável apoio do PT, PC do B e o PSB ao projeto da médica e do prefeito de Rondonópolis ao governo de Mato Grosso.