Política
Documentos enviados à CPI mostram Mauro Cid tentando vender Rolex dado por sauditas a Bolsonaro
O relógio foi ofertado a Bolsonaro no dia 30 de outubro de 2019, em um almoço oferecido pelo rei da Arábia Saudita à comitiva brasileira. Naquela mesma viagem, Bolsonaro e equipe passaram também pelo Catar.
Documentos enviados à CPI dos Atos Golpistas no Congresso mostram, segundo parlamentares, que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Barbosa Cid, tentou vender um relógio da marca Rolex recebido pelo então presidente em uma viagem oficial à Arábia Saudita.
Os e-mails obtidos pela CPI foram revelados pelo jornal O Globo na manhã desta sexta-feira (4). O blog também teve acesso ao material.
O relógio foi ofertado a Bolsonaro no dia 30 de outubro de 2019, em um almoço oferecido pelo rei da Arábia Saudita à comitiva brasileira. Naquela mesma viagem, Bolsonaro e equipe passaram também pelo Catar.
Segundo os documentos obtidos pela CPI, Mauro Cid responde à mensagem de Maria Farani. Neste caso, o material da CPI não indica o cabeçalho da mensagem (com data e autor), somente o conteúdo:
Em 11 de novembro daquele ano, o Rolex foi protocolado no Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do gabinete da Presidência da República como "acervo privado".
Nesse mesmo registro, consta uma liberação do relógio no dia 6 de junho de 2022.
Essa é a mesma data em que, segundo integrantes da CPI dos Atos Golpistas, Mauro Barbosa Cid trocou emails em inglês para tratar de uma possível venda do relógio por US$ 60 mil.
Os emails não deixam claro quem estava negociando com o então ajudante de ordens de Bolsonaro. Segundo o relatório, na época, Mauro Cid se correspondia com Maria Farani, que assessorava o Gabinete Adjunto de Informações do gabinete pessoal de Bolsonaro.
Maria foi desligada da Presidência da República em janeiro de 2023. Em um dos emails obtidos pela CPI, a então funcionária pública diz, em inglês.