Política
Ex-governador Silval Barbosa e mais 8 são condenados na Operação Sodoma III
O esquema envolveu desvio de dinheiro público, com 50% do valor da desapropriação retornando ao grupo criminoso

Na sequência de investigações sobre a compra irregular de um imóvel em Cuiabá, a juíza 7ª Vara Criminal, Ana Cristina da Silva Mendes, condenou o ex-governador Silval Barbosa de Mato Grosso e mais 8 envolvidos na Operação Sodoma III.
O esquema revelou desvio de dinheiro público, com metade do valor da desapropriação, R$ 31.715 milhões, retornando ao grupo criminoso.
Silval Barbosa, foi apontado como o principal beneficiário e recebeu pena de 7 anos, 9 meses de prisão e multa de R$ 320.760 mil.
As penas variam conforme colaborações premiadas e perdão judicial.
Também foram condenados os ex-secretários Pedro Nadaf, Marcel de Cursi e Arnaldo Alves de Souza Neto, o procurador do Estado aposentado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, Silvio Cezar Corrêa Araújo, Alan Ayoub Malouf, Levi Machado de Oliveira e Antônio Rodrigues de Carvalho.
Já Filinto Muller e Gabriel Gaeta tiveram perdão judicial. O empresário Valdir Piran foi absolvido no esquema.
O ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi foi condenado a 14 anos e 1 mês, o procurador do estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho a 16 anos, 5 meses e 25 dias e Arnaldo Alves de Souza Neto a 10 anos, 2 meses e 10 dias. As penas são em regime fechado.
De Cursi ainda teve decretada a perda da função pública de fiscal de tributos do Estado. O
O advogado Levi Machado de Oliveira cumprirá em regime semiaberto.
Os colaboradores Silval da Cunha Barbosa, Silvio Araujo, Pedro Nadaf receberam o benefício de cumprir a pena em regime diferenciado por conta de suas respectivas colaborações premiadas.
Destaque para Pedro Nadaf, de 29 anos para 9 anos, 11 meses e 25 dias.
O caso envolveu a desapropriação de um imóvel no Jardim Liberdade, Cuiabá. R$ 15,8 milhões foram desviados em benefício do grupo.
Silval Barbosa liderou a organização criminosa de 2010 a 2014.
Colaborações premiadas influenciaram em penas reduzidas, absolvendo o empresário Valdir Piran e concedendo perdão judicial a Filinto Muller e Gabriel Gaeta.
O desfecho reforça a busca por justiça em casos de corrupção no Estado de Mato Grosso.