Turismo

Turismo aproxima pais e filhos e vira ferramenta de aprendizado

11/08/2019
“Pai, você foi meu herói...”. O trecho da letra interpretada pelo cantor Fábio Júnior pode servir de inspiração aos mais diferentes estilos de pais que ultrapassam fronteiras e repassam seus conhecimentos e vivências aos filhos. Neste Dia dos Pais, o Ministério do Turismo entrevistou alguns papais que aproveitam o turismo para viver experiências e passar conhecimento a seus pequenos.   É o caso do professor de geografia Welber Santos, 43 anos, que não preenche o estilo do pai aventureiro ao ponto de encarar as chapadas brasileiras com suas trilhas e esportes radicais, mas é assumidamente apaixonado pela história do nosso país. Assim, faz questão de mostrar a importância da cultura do país aos filhos Melissa e Arthur (de sete e 15 anos, respectivamente) nas viagens que realiza com a família.   Antes mesmo de botar o pé na estrada, Welber procura saber se o destino proporcionará algum evento cultural no período e coloca tudo na programação familiar. “Quando fomos a Santa Catarina, em 2016, aluguei um carro e partimos para Blumenau. Lá, visitamos a Vila Germânica e admiramos o estilo alemão da cidade, experimentamos as comidas e percebemos que as pessoas de lá também falam em alemão. Curtimos muito”, recorda. O local é um grande complexo de entretenimento e palco da famosa Oktoberfest.   Em outra viagem, desta vez a Recife, em 2014, ele e a família foram ao Centro de Artesanato Pernambucano. O espaço fica em frente à Praça do Marco Zero, no Centro Histórico da capital, ocupa mais de 2,5 mil metros quadrados de área e oferece ao turista peças nas mais diversas matérias-primas, como cerâmica, madeira, vidro, metal, renda e têxtil. “O objetivo era mostrar a rica arte regional e foi muito divertido conhecer tudo aquilo ao lado deles”, conta.   O jornalista Rafael Brais, que preenche o estilo do campo e é pai da Olívia e da Linda (seis e 11 anos), lembra que a viagem recente a Cruzeiro, cidade turística do interior de São Paulo, marcou a vida dos três principalmente pelo contato com a natureza. “Fomos à chácara do meu pai e pela primeira vez elas aproveitaram a experiência como um todo. Tiramos frutas do pé e acompanhamos o comportamento dos animais da roça. Isso tudo ali, em meio às belezas da Serra da Mantiqueira. Foi muito especial e acho que o papel do pai também é proporcionar vivências como essa”, acrescenta.  

LEGADO

Viajar pelo Brasil, inclusive, é um desejo da pequena Linda, que já se interessa por geografia e incentiva o pai a programar as próximas aventuras em família a partir dos destinos que descobre nas aulas. “Sempre digo que o nosso país é a junção de vários países porque aqui a gente encontra muito do que tem lá fora e espero que elas entendam isso. A Linda mesmo aprendeu sobre Jalapão (TO) na escola e manifestou a curiosidade em conhecer”, afirma.   De acordo com Welber, não há como obter uma certeza se esse incentivo surtirá algum efeito nos filhos, mas espera que contribua para o futuro de alguma maneira. “Penso que se eles têm o hábito de pegar tintas para brincar de pintura em casa, por exemplo, ou de ouvir o pai lendo histórias ou compartilhando conhecimento, formarei futuros leitores e admiradores de arte. E se isso não fizer nenhuma diferença lá na frente, espero que as experiências tragam, pelo menos, alegria, diversão e aprendizado para aquele momento específico”, finaliza.