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Polícia do RJ suspeita de “consórcio de facções” para esconder suspeito de execução em aeroporto

Kauê do Amaral Coelho fugiu para o Rio de Janeiro depois de crime segundo polícia de São Paulo

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM CNN 07/12/2024
Polícia do RJ suspeita de “consórcio de facções” para esconder suspeito de execução em aeroporto
O empresário Vinicius Gritzbach, que estava jurado de morte pelo PCC, morreu após atentado no Aeroporto de Guarulhos | Reprodução/Redes Sociais

O único suspeito identificado até agora de integrar a quadrilha que executou o empresário Antônio Vinícius Gritzbach segue foragido. As investigações apontam que ele fugiu para o Rio de Janeiro depois do crime.

Fontes da cúpula da segurança do governo fluminense afirmaram à CNN que foram acionadas pela Polícia Civil de São Paulo e agora cooperam com as investigações.

A suspeita da polícia do Rio é de que Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, tenha se escondido no território de outra facção criminosa. A região metropolitana da capital é dominada basicamente por três grupos rivais: o Comando Vermelho, o Terceiro Comando Puro e a milícia.

PCC e Comando Vermelho já viveram uma guerra, mas estão em trégua. Há um acordo, segundo fontes da CNN, de não exploração do território do tráfico. Mas, para além disso, pode haver um “consórcio de facções” para esconder o criminoso foragido. Essa é a suspeita dos investigadores no Rio.

Entre a tarde de sexta (6) e a manhã de sábado (7), foram pelo menos sete detidos, entre potenciais testemunhas e suspeitos de fazerem parte do círculo social de Kauê e, eventualmente, terem ajudado na fuga para o Rio de Janeiro.

Em audiência de custódia e também após o depoimento, os presos foram sendo liberados na manhã deste sábado.

O novo revés na investigação vem depois de uma notícia frustrante que marcou o início dos trabalhos da força-tarefa montada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Isso porque as perícias genéticas e de digitais não trouxeram nenhum resultado que pudesse ajudar a chegar aos executores.

Efetivamente não há confirmação de que a morte do empresário foi encomendada pelo PCC. Existe ainda a hipótese de que policiais delatados por ele – numa espécie de milícia paulista – possam estar envolvidos. As provas recolhidas até agora não permitiram à polícia chegar nos mandantes do crime.