A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Exército Brasileiro encerraram a terceira edição da operação “Abafa Araguaia”. Durante os 12 dias da atividade foram fiscalizadas 34 propriedades nos municípios de São Félix do Araguaia, Novo Santo Antônio, Querência, Ribeirão Cascalheira, Bom Jesus do Araguaia, Canarana, Confresa, Nova Xavantina e Água Boa. A área abrangida pela operação foi de 47.850 hectares, o que corresponde a 44 mil campos de futebol.
A operação foi deflagrada dia 30 de setembro e terminou em 11 de outubro, envolvendo 105 pessoas que se empenharam no enfrentamento qualificado dos crimes ambientais, especificamente, desmatamentos e degradação florestal, incêndios florestais e queimadas irregulares.
O diferencial dessa edição foi a participação de 74 homens da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, explicou o coordenador-geral adjunto do Comitê Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman), coronel BM Dercio Santos da Silva. Ele destacou que todos os participantes são importante, mas que a quantidade de homens do exército possibilitou que a operação fossse estendida para uma área maior.
“O nosso trabalho foi direcionado para coibir os crimes ambientais, além de atender à solicitação do Ministério Público Estadual no apontamento de ações efetivas. Desta forma, damos uma resposta a sociedade da garantia dos direitos coletivos e no combate ao desmatamento”.
O general de Brigada, Fernando Dias Herzer, destacou o trabalho integrado e reforçou o sentimento de dever cumprido durante os dias de combate aos crimes ambientais na região do Araguaia. “Foi uma experiência única unir representantes de várias entidades e órgãos em um único objetivo. Agradecemos e saímos com a sensação que fizemos a nossa parte. Cada pessoa envolvida contribuiu pela qualidade de vida de cada morador daquela região”.
Participaram da ação profissionais da Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Politec, Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e Defesa Civil. Além do efetivo, foram empregados dois helicópteros e mais viaturas nas ações repressivas.
O período proibitivo de queimadas em Mato Grosso começou no dia 15 de julho e segue até o dia 30 de novembro. Neste período, fica proibido o uso de fogo em áreas rurais para limpeza e manejo, levando em consideração o risco de incêndios florestais de grandes proporções. A normativa se fundamenta na Lei Complementar nº 233, de 21 de dezembro de 2005.
No perímetro urbano, as queimadas são proibidas durante todo o ano. Ainda no mês de julho, foi instalado na Sesp, o Comitê Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman), unidade que vai coordenar as ações de prevenção e repressão a incêndios em todo o Estado. A criação do Comitê foi publicada no Diário Oficial do Estado do dia 12 de julho pelo Decreto nº 174.
Ciman
Desde julho, foi instalado na Sesp, o Comitê Temporário Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman), unidade que coordena as ações de prevenção e repressão a incêndios em todo o Estado. A criação do Comitê foi publicada no Diário Oficial do Estado do dia 12 de julho pelo Decreto nº 174.
Denúncias e atendimentos
O atendimento a ocorrências de incêndios florestais deve ser acionado pelo número 193 do Corpo de Bombeiros. Já em caso de denúncias de queimadas nas áreas rurais, o cidadão deve entrar em contato pelo 0800 647 7363.
Queimadas urbanas devem ser denunciadas na prefeitura do município de ocorrência, nas secretarias municipais de meio ambiente ou defesa civil municipal.