Cultura

Tradição portuguesa, batalha medieval entre Mouros e Cristãos se mantém viva na cultura de MT há mais de 200 anos

13/08/2019

Um espetáculo a céu aberto, a Cavalhada, realizada anualmente em Poconé, a 104 km de Cuiabá, desde o século XVIII, representa a batalha entre dois exércitos: o dos Cristãos e o dos Mouros. Na dramatização da batalha, os cavaleiros realizam a memória dos antepassados portugueses que chegaram nesta região na época do descobrimento do Brasil.

A origem da história da Cavalhada está ligada a Portugal sendo uma simbólica representação histórica da luta travada entre o imperador do Ocidente, Carlos Magno, coroado pelo Papa Leão 2, e os Mouros que invadiram a Península Ibérica, com a pretensão de forçar os Cristãos a aderirem à religião maometana.

A cavalhada é um espetáculo teatral com personagens que encenam uma batalha medieval com dois exércitos, o Cristão, representado através das roupas com a cor azul turquesa, e o Mouro, representado pela cor vermelha. O enfrentamento é pelo poder da rainha Moura que é capturada pelos Cristãos, em troca a conversão dos Mouros para a religião cristã, o cristianismo.

O teatro é composto por vários personagens, como rainha, cavaleiros cristãos e mouros, pajens, encapuzados, caixeiro, máscara, guardas do castelo, auxiliares de pista, narradores e locutores. Também são usados animais para composição do espetáculo, como cavalos da raça pantaneira.

Além dos personagens e os animais, várias ornamentações são construídas, como castelo, suporte de provas, argolas, bastões, bandeiras, balões, judas e fogos de artifício.

As roupas usadas pelos personagens são confeccionadas de forma artesanal, com lantejoulas, fitas, flores, gregas, miçangas e o tecido utilizado é o cetim. As calças são largas tipo bombachas, camisas estilo túnicas. Além das vestimentas, são utilizados chapéus, botas de cano alto e cintos largos para prenderem a espada.

As Cavalhadas foram introduzidas no Brasil pelos colonizadores portugueses, sob a forma de espetáculo histórico-religioso. Elas são encenadas anualmente em vários estados brasileiros.

Em Mato Grosso, segundo o historiador Francisco Campos, o exército dos Mouros eram representados pelos os fazendeiros da parte alta e firme do Pantanal e os Cristãos eram da parte baixa, mais alagada e de grandes pastagens.

A dramatização da batalha é entre os Cristãos e Mouros e os torneios medievais. Os cavaleiros realizam a memória dos antepassados portugueses que chegaram nesta região na época do descobrimento do Brasil.

Portanto, a origem da história está ligada a Portugal, sendo uma simbólica representação histórica da luta travada entre o imperador do Ocidente, Carlos Magno, coroado pelo Papa Leão 2, e os Mouros que invadiram a Península Ibérica, com a pretensão de forçar os Cristãos a aderirem à religião maometana.

Cristão x Mouro

Os personagens encenam uma batalha medieval com dois exércitos, o Cristão, representado através das roupas com a cor azul turquesa, e o Mouro, representado pela cor vermelha. O enfrentamento é pelo poder da rainha Moura que é capturada pelos Cristãos, em troca a conversão dos Mouros para a religião cristã, o cristianismo.

São seguidas rigorosamente as tradições até os dias atuais em que se apresentam 12 representantes Mouros e 12 representantes Cristãos, sempre muito hábeis nas manobras com seus animais, esforçando-se em campo para dar conta do entrecho dramático através de carreiras e evoluções, com os manejos de espadas e lanças. A luta termina com a conversão dos Mouros ao Cristianismo.

Personagens, objetos e roupas

O teatro é composto por vários personagens, como rainha, cavaleiros cristãos e mouros, pajens, encapuzados, caixeiro, máscara, guardas do castelo, auxiliares de pista, narradores e locutores. Também são usados animais para composição do espetáculo, como cavalos da raça pantaneira.

Além dos personagens e os animais, várias ornamentações são construídas, como castelo, suporte de provas, argolas, bastões, bandeiras, balões, judas e fogos de artifício.

As roupas usadas pelos personagens são confeccionadas de forma artesanal, com lantejoulas, fitas, flores, gregas, miçangas e o tecido utilizado é o cetim. As calças são largas tipo bombachas, camisas estilo túnicas. Além das vestimentas, são utilizados chapéus, botas de cano alto e cintos largos para prenderem a espada.