Cultura

Cine Teatro de Cuiabá abre temporada 2020 com programação de filmes independentes

13/01/2020
Depois de três sessões com casa cheia em 2019, o filme “Bacurau” (Kleber Mendonça Filho & Juliano Dornelles, Brasil, 2019, 131’) retorna ao Cine Teatro Cuiabá nesta terça-feira (14), às 19:30 hs. O longa, vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019, abre a Temporada de Filmes 2020 do Cine Teatro Cuiabá, que até o final de abril exibirá 15 obras, destaques no circuito de mostras e festivais de cinema. A maioria dos filmes é inédita em Mato Grosso.   A Temporada de Filmes é realizada pelo Cine Teatro Cuiabá, que possui um contrato de gestão compartilhada com a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), o Cineclube Coxiponés (ProcevUFMT), Rede Cineclubista de Mato Grosso e MTCine. A programação é resultante de parcerias com algumas distribuidoras de filmes do circuito independente, como a Arteplex Filmes (Bixa Travesty), Espaço Filmes (Meu nome é Daniel e Euforia) e Vitrine Filmes & Galeria Distribuidora (demais filmes programados).   “Desde 2016 o Cine Teatro Cuiabá vem estabelecendo parcerias importantes com iniciativas de difusão audiovisual, sobretudo do cinema brasileiro, que têm garantido ao público local a oportunidade de apreciar filmes relativamente novos e que mobilizaram crítica e público em mostras e festivais de cinema que privilegiam vertentes mais autorais do audiovisual”, enfatiza Flávia Taques, gestora do Cine Teatro Cuiabá.   As sessões acontecem sempre às terças-feiras, às 19h30. A única exceção envolve a exibição, em 29 de janeiro (uma quarta-feira, também às 19h30), de Bixa Travesty, filme de Cláudia Priscilla & Kiko Goifman premiado com o Teddy Award de melhor documentário no Festival de Berlim 2018. O filme integra uma programação especial em torno do Dia da Visibilidade Trans, com mediação e performances de Raphaely Luz, Luisa Lamar, Sophie Silva e HEND.   A entrada para a Temporada de Filmes custa apenas uma taxa de manutenção de R$4,00 (inteira) e R$2,00 (meia). 14 de janeiro, 19h30   Bacurau (Kleber Mendonça Filho & Juliano Dornelles, Brasil, 2019, 131’)   Sinopse: Um western brasileiro. Um filme de aventura e ficc¸a~o cienti´fica. Daqui a alguns anos… Bacurau, um pequeno povoado do serta~o brasileiro, da´ adeus a Dona Carmelita, mulher forte e querida por quase todos, falecida aos 94 anos. Dias depois, comec¸am os sinais de que a tranquilidade de Bacurau estara´ sob ameac¸a. No entanto, ninguém contava com um detalhe: que no passado desse lugar extraordina´rio estava adormecido um talento especial para a aventura. Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019. Classificação indicativa: 18 anos   Além do Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019, “Bacurau” foi eleito o melhor filme da competição internacional Cinemasters no Festival de Munique 2019 e também recebeu os prêmios de melhor direção e melhor filme no Festival de Cinema de Lima 2019.   21 de janeiro, 19h30   O processo (Maria Augusta Ramos, Brasil, 2018, 137’)   Sinopse: Um olhar pelos bastidores do julgamento que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 31 de agosto de 2016. O filme testemunha a profunda crise política e as tensões nas instituições democráticas no país. Melhor documentário internacional no Visions du Reel 2018 e no Festival de Berlim 2018. Classificação indicativa: 18 anos.   28 de janeiro, 19h30   Divino Amor (Gabriel Mascaro, Brasil, 2019, 99’)   Sinopse: Brasil, 2027. Uma devota religiosa usa seu ofício num cartório para tentar dificultar os divórcios. Enquanto espera por um sinal divino em reconhecimento aos seus esforços é confrontada com uma crise no seu casamento que termina por deixá-la ainda mais perto de Deus. Festivais 2019: Sundance, Mostra Panorama no Festival de Berlim, IndieLisboa. Classificação indicativa: 18 anos   29 de janeiro (quarta-feira), 19h30   Sessão especial – Dia da Visibilidade Trans.   Mediação: Raphaely Luz, Luisa Lamar, Sophie Silva e HEND.   Bixa Travesty  (Claudia Priscilla e Kiko Goifman, Brasil, 2018, 75’)   Sinopse: Documentário de longa-metragem com a cantora transexual brasileira Linn da Quebrada. Grande expoente na cena musical de São Paulo, dona de uma forte e ousada presença no palco, busca constantemente discutir e quebrar paradigmas e estereótipos. Teddy Award de Melhor Documentário no Festival de Berlim 2018, Melhor Direção no Festival de Cartagena 2018, Melhor Filme pelo Júri Popular e Melhor Trilha Sonora no Festival de Brasília 2018. Classificação indicativa: 18 anos.   04 de fevereiro, 19h30   A rosa azul de Novalis (Gustavo Vinagre & Rodrigo Carneiro, Brasil, 2019, 70’)   Sinopse: Marcelo, um dândi de cerca de 40 anos, possui uma memória inigualável. Revive lembranças familiares em sua cabeça e tem recordações de suas vidas passadas. Em uma delas, foi Novalis, poeta alemão que perseguia uma rosa azul. E nessa vida atual, o que Marcelo persegue? Melhor roteiro no Mix Brasil 2019, Melhor filme pelo Panorama Internacional Coisa de Cinema. Festivais 2019: Berlim, Cinema du Reel, Festival do Rio, IndieLisboa, Festival de Brasília. Classificação indicativa: 18 anos   11 de fevereiro, 19h30   Os jovens Baumann (Bruna Carvalho Almeida, Brasil, 2019, 70’)   Sinopse: 1992. Os Jovens Baumann, últimos herdeiros de uma prestigiosa família de Santa Rita d’Oeste, sul de Minas Gerais, desaparecem sem deixar vestígios. 2017. Uma caixa com fitas VHS é encontrada, contendo registros caseiros de seus últimos momentos, durante suas férias na fazenda da família. Através da compilação desses arquivos familiares, o filme reorganiza os fragmentos de um mistério até hoje sem solução. Festivais 2018: Brasília, Cartagena, IndieLisboa. Classificação indicativa: 18 anos   18 de fevereiro, 19h30   Diz a ela que me viu chorar (Maíra Bühler, Brasil, 2019, 83’)   Sinopse: Moradores de um hotel no centro de São Paulo vivem amores tumultuados por sua condição vulnerável e pelo uso abusivo de crack. O edifício é parte de um programa municipal de redução de danos prestes a ser extinto. Entre escadas circulares, quartos decorados, viagens de elevador e ao som das músicas do rádio, os personagens são atravessados pelo espectro da solidão. Diz a ela que Me Viu Chorar, retrata um grupo de pessoas reunidas por laços fortes em frágil abrigo. Melhor documentário no Olhar de Cinema 2019, Prêmio Library no Cinema du Reel 2019. Classificação indicativa: 18 anos.   03 de março, 19h30   Temporada (André Novais Oliveira, Brasil, 2018, 113’)   Sinopse: Juliana está se mudando de Itaúna, no interior de Minas Gerais, para a periferia de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, para trabalhar no combate às endemias na região. Em seu novo trabalho ela conhece pessoas e vive situações pouco usuais que começam a mudar sua vida. Ao mesmo tempo, ela enfrenta as dificuldades no relacionamento com seu marido, que também está prestes a se mudar para a cidade grande. Vencedor de 5 prêmios no Festival de Brasília 2018: Melhor Filme pelo Júri Oficial, Direção de Arte, Fotografia, Ator Coadjuvante para Russo APR e Atriz para Grace Passô. Classificação indicativa: 16 anos   10 de março, 19h30   Elegia de um crime (Cristiano Burlan, Brasil, 2018, 92’)   Sinopse: Uberlândia, Minas Gerais, 24 de fevereiro de 2011. Isabel Burlan da Silva, mãe do diretor, é assassinada pelo parceiro. “Elegia de um crime” encerra a “Trilogia do luto”, que aborda a trágica história da família. Diante da impunidade, o filme mergulha numa viagem vertiginosa para reconstruir a imagem e a vida de Isabel. Prêmio EDT de Melhor documentário e Prêmio ABD/SP no Festival É Tudo Verdade 2018. Classificação indicativa: 18 anos   17 de março, 19h30   Vermelho sol (Benjamín Naishtat, Brasil/Argentina/França/Holanda/Alemanha, 2019, 109’)   Sinopse: Em meados da década de 1970, uma onda de violência política sem precedentes começa a se desenrolar na Argentina. Isso, no entanto, parece ter pouco efeito em uma pequena cidade rural onde Claudio, um advogado bem conhecido, leva uma vida tranquila com sua família. O curso normal das coisas é interrompido quando Claudio entra em uma discussão acalorada que fica fora de controle. Festival de Toronto 2018: Melhor diretor, Melhor fotografia e Melhor ator para Darío Grandinetti.Classificação indicativa: 18 anos   24 de março, 19h30   Mormaço (Marina Meliande, Brasil, 2019, 94’)   Sinopse: Rio de Janeiro, 2016. O verão mais quente da história. A cidade está se preparando para os Jogos Olímpicos. Ana, uma defensora pública de 32 anos, trabalha na defesa de uma comunidade ameaçada de remoção pelas obras do Parque Olímpico. Enquanto isso, misteriosas manchas roxas, similares a fungos, aparecem em seu corpo. Coisas estranhas começam a acontecer na cidade e no corpo de Ana. A temperatura sobe, criando uma atmosfera úmida e sufocante. O mormaço acumula, abrindo caminho para uma forte chuva. Festivais 2018: Rotterdam, Festival de Gramado, Festival do Rio. Classificação indicativa: 18 anos   31 de março, 19h30   Meu nome é Daniel (Daniel Gonçalves, Brasil, 2018, 83’)   Sinopse: Daniel Gonçalves nasceu com uma deficiência que nenhum médico foi capaz de diagnosticar. No documentário pessoal “Meu nome é Daniel”, o jovem cineasta, residente no Rio de Janeiro, traça o caminho de sua vida para tentar compreender sua condição. Através de imagens de arquivo da família e de cenas gravadas hoje em dia, vamos passear por momentos, histórias e reflexões de Daniel. Festivais 2018: Festival do Rio e Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Classificação indicativa: 16 anos   07 de abril, 19h30   As filhas do fogo, 19h30 (Albertina Carri, Argentina, 2019, 115’)   Sinopse: Três mulheres começam uma jornada poliamorosa em busca de prazer, diversão e novas formas de relação. Através de suas anotações, Violeta nos conta sobre as aventuras das Filhas do Fogo: um grupo de mulheres em busca de seu próprio erotismo. Melhor filme no Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires 2018. Festivais 2018: Festival do Rio, Mix Brasil, San Sebastian. Classificação indicativa: 18 anos   14 de abril, 19h30   Três verões (Sandra Kogut, Brasil, 2019, 93’)   Sinopse: Através do olhar de Madá (Regina Casé), uma caseira num condomínio de luxo à beira mar, acompanhamos o desmantelamento de uma família em função dos dramas políticos que abalaram o país durante três anos consecutivos (2015 a 2017). Première mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF 2019). Classificação indicativa: 16 anos   28 de abril, 19h30   Euforia (Valeria Golino, Itália, 2018, 115’)   Sinopse: Matteo (Riccardo Scamarcio) e Ettore (Valerio Mastandrea) são irmãos com vidas distintas e que compartilham um laço afetivo pouco desenvolvido. Enquanto o primeiro é um jovem empreendedor carismátivo, o segundo leva uma vida simples e reclusa na cidade em que nasceram, trabalhando como professor. Após um evento traumático, os dois começam a viver juntos em Roma, durante alguns meses. A situação faz com que eles trabalhem suas diferenças, possibilitando – em meio a um turbilhão de medo, fragilidade e euforia – o nascimento de uma ligação genuína entre os dois. Festivais: Cannes, David di Donatello. Classificação indicativa: 18 anos