Economia e Negócios
Dólar fecha em alta e vai ao maior patamar desde março com temor sobre variante Ômicron
Nesta segunda-feira (20), a moeda norte-americana avançou 1%, a R$ 5,7410
O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (20), alcançando o maior patamar desde março, alavancado pelo clima arisco no exterior, mas também por incertezas sobre o Orçamento no Brasil em meio a um cada vez mais carregado noticiário eleitoral doméstico.
A moeda norte-americana avançou 1%, cotada a R$ 5,7410. É o maior patamar de fechamento desde 30 de março (R$ 5,7613). Com o resultado desta segunda, o dólar acumula alta de 1,84% no mês e de 10,68% no ano. Veja mais cotações.
A bolsa de valores fechou em queda de 2,03%, aos 105.019 pontos.
Final do ano
Além dos receios associados à pandemia, economistas do Bradesco chamaram a atenção para "liquidez reduzida (nos mercados internacionais) por conta das festividades de final de ano". Os negócios serão encurtados nesta semana pela véspera de Natal, que cai na sexta-feira.
Em relatório divulgado nesta segunda-feira, os especialistas do banco também disseram que o foco dos participantes do mercado cairá sobre indicadores econômicos tanto do Brasil --com divulgação na quinta-feira do IPCA-15 de dezembro-- quanto dos Estados Unidos, que publica durante a semana leituras sobre o Produto Interno Bruto (PIB) e o índice de preços PCE.
À medida que este ano chega ao fim, participantes do mercado começavam a olhar ainda para os desafios do real para 2022, quando o dólar deve se beneficiar globalmente de altas de juros nos EUA. No âmbito local, as eleições presidenciais podem elevar as incertezas no mercado num período de crescimento econômico provavelmente fraco.
Somando-se às incertezas externas e turbinando ainda mais o dólar, o mercado analisou as notícias sobre a votação do Orçamento de 2022. A votação do relatório final, que estava prevista para ocorrer às 10 horas desta segunda-feira pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), foi adiada para a terça-feira para que os parlamentares possam fazer ajustes ao texto. A presidente da CMO, senadora Rose de Freitas (MDB-ES), citou questionamentos técnicos quanto ao parecer do relator.
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