Economia e Negócios
Nova regra fiscal “sólida e crível” pode reduzir inflação de forma “benigna”, diz BC em ata
Recado foi divulgado nesta manhã, em relatório no qual o Copom detalhou o cenário econômico considerado na decisão de quarta-feira passada para a manutenção da Selic em 13,75% a.a
28/03/2023
Riscos externos
A ata ainda avaliou que o cenário global permanece desafiador — o que impacta, em maior ou menor grau, nas incertezas sobre o mercado doméstico. De acordo com o Copom, as pressões inflacionárias, a queda nos preços das commodities e a desaceleração da atividade econômica global estão entre os motivos externos que levaram à manutenção da taxa de juros em 13,75%. Além disso, a autoridade cita as condições adversas no sistema financeiro, motivadas pelas recentes turbulências no setor bancário. A quebra do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, nos Estados Unidos, e a fusão do Credit Suisse ao UBS derrubaram as bolsas na última semana, elevando o clima de incerteza. “O Comitê seguirá acompanhando de forma atenta essa situação, analisando os possíveis canais de contágio, mas avalia que o impacto direto sobre os sistemas financeiros doméstico e de outros países emergentes é, até o momento, limitado, sem mudanças na estabilidade ou na eficiência desses sistemas financeiros”, afirmou.Rumo à meta
Os integrantes do Copom ainda destacaram que a Selic foi mantida em 13,75% ao ano em razão do balanço de riscos e o “amplo conjunto de informações disponíveis”. Segundo o informe, “o Comitê entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024”. E reforça que esta decisão contribui para a estabilização de preços, assim como implica na suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego. O colegiado ressaltou que, após um período de forte recuperação nos dois últimos anos, iniciou-se um processo de desaceleração do crescimento no setor de bens duráveis, que havia sido particularmente impulsionado na pandemia, e que é mais sensível à política de juros. “A desaceleração se espalhou para o setor de bens não-duráveis e, posteriormente, para o setor de serviços, ainda que de forma mais branda”, pontuou, acrescentando que as perspectivas de crescimento econômico não mudaram significativamente no período recente.Mais lidas
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