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Marcha em memória das vítimas da ditadura no Chile termina em confronto com a polícia
Após 46 anos do golpe de Estado que instaurou a ditadura no Chile, a figura de Augusto Pinochet segue dividindo os chilenos. Neste domingo (8), uma grande marcha em memória de suas vítimas terminou em confrontos com a polícia.
Manifestantes encapuzados, com pedras e paus, entraram em confronto com agentes das forças especiais, que aguardaram o avanço da multidão pelo centro de Santiago até chegar ao memorial no Cemitério Geral. Ele é dedicado às mais de 3 mil vítimas – entre mortos e desaparecidos – da ditadura chilena (1973 - 1990), instaurada em 11 de setembro de 1973 após a queda de Salvador Allende.
A polícia prendeu vários manifestantes no local.
"Marchamos com a convicção de que no Chile ainda não há verdade ou justiça total", disse Marco Barraza, membro do Partido Comunista chileno.
A marcha deste domingo começou na praça Los Heroes, no centro de Santiago, e avançou pacificamente por várias ruas em direção ao cemitério. Os manifestantes levaram cravos vermelhos e fotografias de parentes executados ou desaparecidos.