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Filho de 'El Chapo' é preso no México; tiroteios aterrorizam cidade de Culiacán

17/10/2019
Tiroteios entre forças de segurança e narcotraficantes aterrorizaram a cidade de Culiacán, no oeste México. As cenas de violência ocorreram após a prisão de Ovidio Guzmán, segundo a imprensa mexicana. Ele é filho do traficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán, condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos.   De acordo com o site de notícias mexicano Milenio.com, civis armados fecharam ruas da cidade durante a operação das forças federais de segurança. Moradores relatam cenas de pânico entre os lojistas. Até o momento, não há informação sobre mortos e feridos.  

Ainda de acordo com o "Excelsior", ao menos 20 detentos fugiram da prisão após um grupo de civis armado atacar uma penitenciária de Sinaloa, estado onde fica Culiacán. Alguns dos presos já foram capturados.

O governador de Sinaloa, Quirino Ordaz, pediu que os moradores da região ficassem em casa e se mantivessem atentos às mensagens oficiais do governo. "Estamos trabalhando para recuperar a segurança de Culiacán", disse, em comunicado. Algumas aulas foram suspensas em escolas da cidade nesta sexta-feira.

O presidente do México, Andrés Manoel Lópes Obrador, afirmou que o Gabinete de Segurança do país está em reunião e que daria detalhes sobre a operação em Culiacán mais adiante nesta quinta-feira.

Cartel de Sinaloa

A operação tinha como objetivo desbaratar o cartel de Sinaloa, considerado o maior do mundo e que foi fundado justamente por El Chapo. A presença do narcotraficante na região o fez ser reconhecido como um Robin Hood por alguns moradores do estado, mas o criminoso era considerado impiedoso com rivais.

Mesmo com a queda de Chapo, o cartel de Sinaloa tinha, no ano passado, a maior distribuição nos Estados Unidos, de acordo com o órgão de repressão às drogas americano.

Conhecido como "El Ratón", o filho de El Chapo detido nesta quinta-feira faz parte do Cartel, segundo o Milenio.com. Ovidio Guzmán López, de 28 anos, enfrenta processos nos EUA por tráfico de cocaína, metanfetaminas e maconha entre 2008 e 2018.