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Santiago e outras cidades do Chile terão novo toque de recolher; protestos continuam

23/10/2019
A região metropolitana de Santiago e outras cidades no Chile terão toque de recolher na noite desta quarta-feira (23), em mais um dia de protestos pelo país. O número de mortos por causa dos distúrbios chegou a 18, informaram autoridades nesta manhã.  

As manifestações continuaram por todo o Chile nesta quarta, mesmo com o anúncio de um pacote de medidas proposto pelo presidente Sebastián Piñera – que incluem aumento em aposentadorias e majoração nos impostos a pessoas com altos salários (saiba mais no fim da reportagem).

Os jornais chilenos "El Mercurio" e "La Tercera" destacam que a maioria das manifestações ocorre de maneira pacífica, com panelaços e manifestantes com bandeiras nacionais. Artistas de rua também fizeram apresentações.
Porém, mais uma vez, houve confrontos entre manifestantes e forças de ordem. Alguns dos ativistas fizeram barricadas e atiraram pedras, enquanto policiais dispersaram protestos com jatos d'água e bombas de efeito moral.

O Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) do Chile enviou ao governo uma carta em que externa preocupação com supostas violações aos direitos dos manifestantes. Alguns ativistas relataram tortura ou detenções ilegais, o que o Ministério Público chileno, até agora, rechaçou.

Forças Armadas convocarão reserva

O ministro do Interior, Andrés Chadwick, afirmou que as Forças Armadas convocarão militares da ativa e da reserva para prestar serviços para atuarem no Estado de Emergência, informou a imprensa chilena.  

Um porta-voz da Defesa esclareceu à agência France Presse que os convocados não serão utilizados para patrulhar as ruas, apenas para trabalhos administrativos.

Mortes e prisões