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Carlos Ghosn deixa prisão domiciliar no Japão e viaja para o Líbano
Não ficou claro se Ghosn, que tem cidadania francesa e libanesa, poderia deixar o Japão, onde ele está sob restrições estritas impostas pela corte a seus movimentos.
Após chegar ao Líbano, o brasileiro soltou um comunicado. “Agora estou no Líbano e não vou mais ser refém de um sistema judicial japonês fraudulento em que se presume culpa, onde direitos humanos básicos são negados. Não fugi da justiça. Escapei da injustiça e da perseguição política. Agora posso finalmente me comunicar livremente com a mídia e estou ansioso para começar na próxima semana", diz o comunicado.
O executivo aguarda julgamento por acusações de má conduta financeira. Em abril, quando foi solto, o tribunal japonês estabeleceu como condições para a liberdade, entre outras coisas, a proibição da saída de Ghosn do Japão e qualquer tentativa por ele de manipular possíveis provas nas investigações abertas contra ele.
Escândalo completou um ano
Ghosn foi preso pela primeira vez em novembro de 2018, acusado de má conduta financeira, ao emitir parte de seus rendimentos, bem como utilizar indevidamente verbas das empresas. Quase quatro meses depois, foi solto, após pagar fiança.
Em abril, um mês depois de ser solto, o brasileiro foi preso novamente, sob novas acusações. Após pagar uma nova fiança, Ghosn novamente deixou a prisão, ainda em abril.