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A pandemia do coronavírus ocorre numa época em que a China desafia o status de potência hegemônica global dos Estados Unidos. Ironicamente, uma trégua na guerra comercial havia sido decretada em dezembro, pouco antes do surto. A China tinha se comprometido a aumentar a importação de produtos americanos.
Assim como na guerra comercial, a disputa com relação à pandemia tem idas e vindas. Ao longo de três meses, o presidente Donald Trump insistiu em culpar a China. Já a imprensa oficial chinesa veiculou teorias de que o vírus teria sido criado pelo Serviço Secreto americano. Houve uma nova trégua, depois de uma conversa telefônica entre os presidentes Trump e Xi Jinping.
Há um consenso entre os analistas, no entanto, que essa é uma disputa que veio apra ficar. Seja no comércio, na tecnologia do 5G ou até no surto inesperado de um novo vírus. Para falar sobre essa batalha por protagonismo, Lourival Sant'Anna conversa, no CNN Mundo desta sexta (3), com a jornalista Claudia Trevisan, que foi correspondente em Pequim e Washington --e hoje é pesquisadora da Universidade Johns Hopkins--, e com o professor Marcus Vinicius de Freitas, da Universidade de Assuntos Internacionais de Pequim.
O programa tem ainda a participação do pesquisador Paolo Magri, do Instituto para os Estudos de Política Internacional, de Milão. Magri fala sobre a disputa de prestígio que China e Estados Unidos travam também na Itália, com sesu respectivos presidentes anunciando suas ajudas humanitárias para o país, que tem o segundo maior número de casos de coronavírus no mundo.