Mundo
Astronauta Michael Collins, piloto da missão lunar Apollo 11, morre aos 90 anos
Um dos pioneiros da viagem que levou Neil Armstrong e Buzz Aldrin a pisar na Lua em 1969, Collins permaneceu o tempo todo em órbita para garantir o retorno da missão em segurança
Com a morte de Collins, Buzz Aldrin se tornou o único membro vivo da missão. Ele completou, em janeiro, 91 anos. Neil Armstrong, que foi o primeiro homem a pisar na Lua, morreu em 2012, aos 82 anos.
Aldrin escreveu sobre o amigo e compartilhou uma foto antiga em que ele aparece abraçando Collins, que está ao lado de Armstrong, dentro da espaçonave que projetou os três em direção à Lua.

'Outro mundo'
A agência espacial norte-americana, Nasa, lamentou a morte de Collins em uma rede social e destacou sua importante missão como o piloto da primeira viagem na história da humanidade a levar astronautas para "outro mundo".
Segundo os familiares de Collins, o astronauta passou seus últimos dias "em paz" e ao lado da família. Em nota eles destacam ainda que ele enfrentou seu "último desafio" como encarava todos os que surgiam pela frente: "com graça e humildade".
'O peso do mundo'
Em 2019, durante uma visita ao Cabo Canaveral, na Flórida, de onde partiu para a missão pioneira, Collins falou com a imprensa e disse que "sentia o peso do mundo" sobre os ombros.

"A Apollo 11 foi uma coisa séria. Nós da tripulação sentimos o peso do mundo em nossos ombros. Todos os olhos estavam voltados para nós, queríamos ser os melhores possíveis", lembrou na ocasião.
Enquanto seus colegas caminhavam sobre a superfície lunar recolhendo materiais para estudo, Collins foi o responsável por manter o controle da aeronave que orbitava ao redor da Lua para assegurar o retorno dos pioneiros à Terra.
De volta ao nosso planeta, o piloto abandonou a carreira na Nasa para trabalhar na Casa Branca em 1970. Depois desta investida na política, Collins dirigiu o Museu Smithsonian de Washington e abriu uma consultoria aeroespacial.
