Mundo
Integrantes do Talibã tomam palácio presidencial em Cabul
Oficial de segurança do Talibã disse que 'nenhum sangue foi derramado' na transferência de controle do palácio
15/08/2021
Tomada do poder
Depois de cercar Cabul, capital do Afeganistão, na manhã deste domingo (15), e oferecer garantias aos moradores da cidade de que desejava "assumir o controle da cidade pacificamente", o grupo islâmico Talibã enviou representantes ao palácio presidencial para negociar a transição de poder. O Talibã entrou em Cabul "pacificamente", noticiou Nick Paton Walsh, da CNN, que está na capital afegã.Caminho livre para os militantes
A retirada das tropas dos Estados Unidos depois de quase duas décadas no Afeganistão abriu caminho para o grupo islâmico enfrentar e derrotar as forças de segurança do país. Muitas cidades importantes caíram com pouca ou nenhuma resistência. No comunicado divulgado neste domingo pelo porta-voz Zabihullah Mujahid, o Talibã afirmou que garantiria "a todos os bancos, empresas e casas de câmbio que estarão seguros e protegidos sob o Talibã e que ninguém tocará ou incomodaria ninguém em Cabul". "Todas as pessoas ricas, os empresários, devem estar seguros e protegidos. Nenhum dos combatentes do Talibã tem permissão de ir a qualquer casa ou fazer buscas em empresas. O Emirado Islâmico lhes dá proteção total e eles devem seguir seguros e sem preocupações", disse Mujahid.Estados Unidos retiram diplomatas da capital
Autoridades americanas informaram neste domingo (15) que diplomatas foram transportados de helicóptero da embaixada do país no distrito fortificado de Wazir Akbar Khan para um aeroporto, de onde deixarão o país. Durante a saída do país, os principais membros da diplomacia norte-americana no país trabalhavam do aeroporto de Cabul, disse um funcionário. Já um representante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse que vários funcionários da União Europeia (UE) foram levados para um local mais seguro – não revelado – na capital afegã. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou, no sábado (14), o envio de 5.000 soldados norte-americanos para ajudar na retirada de cidadãos do país e garantir uma saída "ordeira e segura" das equipes militares. Um funcionário da defesa dos Estados Unidos disse que isso incluía os 1.000 soldados recém-aprovados da 82ª Divisão Aerotransportada.
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