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Domo de Ferro: Israel intercepta alguns drones do Irã e dispara sirenes nas principais cidades; veja imagens
Sistemas dos Estados Unidos também interceptaram drones no país do Oriente Médio
Israel está interceptando drones lançados pelo Irã e sirenes foram tocadas em Tel Aviv e em Jerusalém na madrugada do domingo (14), em horário local.
As interceptações aconteceram nas duas cidades, bem como em áreas de Beersheba, Mar Morto e Hebron, na Cisjordânia e nas Colinas de Golã, na fronteira com a Síria.
As interceptações do Iron Dome ocorreram em vários locais adicionais, de acordo com webcams ao vivo visualizadas pela CNN.
“Continuamos a ver múltiplas interceptações nos céus acima de mim, vindas de múltiplas direções diferentes. É difícil dizer o que é um míssil se aproximando e o que é uma interceptação”, relatou Nic Robertson, enviado especial da CNN.
“Estou ouvindo múltiplas, múltiplas detonações, novamente o que parecem ser interceptações. Não estou ouvindo o som dos impactos”, continuou Robertson.
Segundo o enviado especial, foram testemunhadas de 20 a 30 interceptações.
Sistemas dos Estados Unidos também interceptaram drones, segundo duas autoridades norte-americanas.
As fontes não especificaram como os EUA interceptaram os drones e onde.
A Jordânia também interceptou drones que voavam por seu território.
O Irã lançou mais de 200 drones e mísseis contra o território israelense.
A retaliação do Irã já estava prevista pelas autoridades israelenses, após a República Islâmica acusar Israel de realizar um ataque contra uma representação diplomática do país na Síria, na semana passada, em meio à intensificação das tensões entre os dois países nos últimos meses.
“O malicioso regime sionista será punido”, disse o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, em publicação nas redes sociais neste sábado.
O espaço aéreo de Israel foi fechado temporariamente para pousos e decolagens, seguindo medida que já havia sido adotada neste sábado pela vizinha Jordânia, que disse estar pronta para interceptar ataques, ainda em meio aos temores de que a retaliação ocorresse.
Mais cedo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o país, “especialmente nas últimas semanas”, vinha se preparando para “ataques diretos” do Irã – de maneira geral, Israel costuma ser atacado por grupos radiciais islâmicos apoiados pelos iranianos, mas não pela República Islâmica em si.
“Quem nos ferir, também será ferido. Nos defenderemos contra qualquer ameaça e faremos isso com equilíbrio e determinação”, afirmou Netanyahu.
Após as forças armadas israelenses virem a público dizer que haviam identificado ataques iranianos, os Estados Unidos saíram em defesa do país aliado, frisando que o apoio americano a Israel é “inflexível”.
“Estaremos ao lado do povo de Israel e apoiaremos sua defesa contra as ameaças do Irã”, disse a Casa Branca em comunicado, afirmando ainda que o presidente Joe Biden se reuniria neste sábado com sua equipe de segurança nacional para tratar sobre o tema.
O gabinete de guerra do país, instaurado após a ofensiva do grupo radical islâmico palestino Hamas contra Israel em outubro de 2023, também se reúne neste momento, enquanto a tensão aumenta no Oriente Médio, com o Líbano também optando por fechar temporariamente seu espaço aéreo.
Adiantando-se a possíveis contra-ataques, o ministro da Defesa do Irã, Mohammad Reza Ashtiani, disse que a República Islâmica agiria contra países decidissem “abrir seu espaço aéreo ou território para ataques de Israel”, segundo informações da agência de notícias iraniana Mehr.