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Corpo de Juliana Marins é içado de vulcão na Indonésia e levado de maca até base

Brasileira de 26 anos foi encontrada morta nesta terça-feira (24) após cair, três dias antes, de uma trilha em um vulcão no Monte Rinjani

PEDRO RIBEIRO/DA EDITORIA/COM G1 25/06/2025
Corpo de Juliana Marins é içado de vulcão na Indonésia e levado de maca até base
O acidente ocorreu na última sexta-feira (20), quando Juliana tropeçou, escorregou e caiu a cerca de 300 metros da trilha | Redes Sociais

Após mais de 7 horas de trabalho, agentes da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas) da Indonésia conseguiram içar o corpo de Juliana Marins do Monte Rinjani, nesta quarta-feira (25), e levaram para uma base.

A informação foi confirmada pelo chefe da Basarnas (Agência Nacional de Busca e Resgate), Marechal do Ar TNI Muhammad Syafi’i. Parte do trajeto foi filmado por um montanhista que ajudou no resgate.

“Após a entrega oficial do corpo pela Basarnas ao hospital, o processo de repatriação ou procedimentos posteriores ficarão a cargo das autoridades e da família”, disse Syafi’i a uma televisão indonésia.

Ainda segundo o chefe da agência, Juliana foi encontrada a cerca de 600 metros abaixo da trilha. "Isso fez com que o processo levasse bastante tempo".

A jovem de 26 anos foi encontrada morta nesta terça (24) após cair de uma trilha do segundo maior vulcão na Indonésia.

O corpo será levado ainda ao posto de Sembalun, vilarejo de onde partem as expedições ao Monte Rinjani, em uma maca. Em seguida, será levado em uma aeronave até o hospital Bayangkara.

Três equipes de resgate participaram da ação. Dois dos que foram até o local são do chamado esquadrão Rinjani, especializado em operações de resgate.

Voluntários descem com o corpo da brasileira Juliana Marins — Foto: Reprodução

Voluntários descem com o corpo da brasileira Juliana Marins — Foto: Reprodução

Sete pessoas acompanharam o resgate em dois pontos: 3 delas, a 400 metros, e outras 4, a 600 metros de profundidade.

Segundo as autoridades da equipe Assistência de Busca e Salvamento em acidentes e desastres, o resgate começou pela manhã devido ao clima desfavorável e à visibilidade muito limitada.

Não pude fazer muito, diz montanhista voluntário

Um alpinista que atuou nas operações de resgate compartilhou no Instagram detalhes da busca por Juliana. Após localizar o corpo, ele escreveu:

“Meus sentimentos pela morte da montanhista brasileira. Não pude fazer muito, só consegui ajudar desta forma 🥺. Que suas boas ações sejam aceitas por ele. Amém!”, lamentou o guia envolvido na operação de resgate.

O montanhista mostrou as condições do terreno, a neblina intensa e variações rápidas de temperatura, que prejudicaram o deslocamento e o acesso à área onde Juliana foi localizada.

Tentativa de localizar publicitária

As buscas duraram quatro dias. As equipes de resgate enfrentaram dificuldades de acesso ao local, condições meteorológicas adversas, falhas em equipamentos (corda curta para a operação) e relatos desencontrados foram passados à família.

Natural do Rio de Janeiro, Juliana morava em Niterói, na Região Metropolitana. Era formada em publicidade e propaganda pela UFRJ e atuava como dançarina de pole dance.

Infográfico mostra como foi queda de brasileira morta em vulcão na Indonésia — Foto: Arte g1

Infográfico mostra como foi queda de brasileira morta em vulcão na Indonésia — Foto: Arte g1