Polícia

Justiça solta empresário acusado de comandar jogo do bicho em MT

14/08/2019

O empresário Frederico Müller Coutinho, preso em maio deste ano acusado de comandar uma organização criminosa que atuava na contravenção penal de jogo do bicho, obteve habeas corpus na tarde desta quarta-feira (14) e vai deixar a prisão.

A prisão foi substituída por medidas cautelares pelos desembargadores Rui Ramos, Juvenal Pereira e Gilberto Giraldelli.

As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho em Mato Grosso e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões.

Durante as investigações, foi identificada uma acirrada disputa de espaço pelas organizações, havendo situações de extorsão mediante sequestro praticada com o objetivo de manter o controle da jogatina em algumas cidades.

Os investigadores também identificaram remessas de valores para o exterior, com o recolhimento de impostos para não levantar suspeitas das autoridades. Foram decretados os bloqueios de contas e investimentos em nome dos investigados, bem como houve o sequestro de ao menos três prédios vinculados aos crimes investigados.

Os suspeitos respondem pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, contravenção penal do jogo do bicho e extorsão mediante sequestro, cujas penas somadas ultrapassam 30 anos.

Frederico Müller

O empresário Frederico Müller Coutinho é um dos delatores da Operação Sodoma, que investigou fraudes que resultaram na prisão do ex-governador Silval Barbosa.

Müller trocava cheques no esquema e chegou a passar dinheiro para o então braço direito do ex-governador. Os cheques teriam sido emitidos como parte de um suposto acordo de pagamento de propina ao grupo político do ex-governador.

Operação Mantus

A Operação Mantus foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e pela GCCO para o cumprimento de mandados expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.

As ordens judiciais foram cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e em mais 5 cidades do interior do Estado.

As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho em Mato Grosso e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões.

Uma das organizações é liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues, já a outra é liderada por Frederico Muller Coutinho.