O advogado tributarista e contador Anilton Gomes Rodrigues, é um dos chefes da quadrilha que sonegou R$ 337 milhões para o estado e emitiu centenas de notas ‘frias´, constatou agentes da Delegacias Fazendária. O advogado atuava para emitir notas fiscais “frias” no esquema. O mandado de prisão foi emitido pelo juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão em três endereços do advogado, sendo dois residenciais, no Residencial Saint Josefh e no Garden Shangri-lá, e outro no escritório dele, localizado no edifício Work Center, na avenida do CPA.
Além do advogado foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão por crimes contra a administração pública. A ação policial apura uma organização criminosa que através de falsificação de documento público, falsificação de selo ou sinal público e uso de documento falso promoveu a abertura de empresas de fachada, visando disponibilizar notas fiscais frias para utilização de produtores rurais e empresas nos crimes de sonegação fiscal. Além disso, o esquema possibilitou a prática de crimes não tributários, como a fraude a licitação, ou mesmo ‘esquentar’ mercadorias furtadas ou roubadas.
O delegado Sylvio do Vale Ferreira Junior, que preside as investigações, ressalta que a emissão de notas fiscais frias interfere negativamente na base de dados da Sefaz-MT. “Distorcendo as informações sobre produção econômica do estado e, consequentemente, na composição de índices do Fundo de Participação dos Municípios, e no cálculo do Fundo de Participação dos Estados, causando efeitos devastadores ao estado”. A Secretaria de Fazenda de Mato Grosso constatou que, juntas, as empresas Rio Rancho Produtos do Agronegócio Ltda. e Mato Grosso Comércio e Serviços e a B. da S.. Guimarães Eireli emitiram R$ 337.337.930,11 milhões em notas frias, gerando um prejuízo alarmante ao Estado.