A atual crise na vida política do prefeito de Cuiabá, é um emaranhado de informações indecifrável para quem não acompanha os capítulos diariamente.
Para entender a história que traz uma novidade a cada dia, é preciso conhecer as dezenas de personagens, além do mais, é claro, o principal personagem: o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB). É certo se o prefeito continuar a insistir que não deve nada para a justiça, as denúncias vai levar muita gente onde elas não querem ir.
E aonde com certeza seus amigos mais leais não querem que ele vá. No ano passado, a Procuradoria-Geral da República pediu o afastamento do cargo, a prisão domiciliar e o uso de tornezeleira eletrônica do prefeito. O pedido é de 2018, mas só foi analisado pelo MPF em Mato Grosso no último dia 28 de novembro.
A PGR tenta reverter uma decisão anterior do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou o afastamento de Pinheiro do cargo, em setembro de 2017. No pedido de prisão domiciliar, a PGR afirma que o prefeito voltou a “manipular” recursos públicos quando concedeu crédito adicional de R$ 6,7 milhões à Câmara Municipal de Cuiabá em 30 de agosto de 2017, mesmo dia em que os vereadores decidiram negar um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar recebimento de propina por Pinheiro.
Segundo a PGR, a concessão de crédito à Câmara foi utilizada por Emanuel para obter “imunidade” junto aos vereadores. A Procuradoria solicita ainda medidas como a proibição de manter contato com investigados e testemunhas, a proibição de acesso à internet e telefone, além do pagamento de fiança de R$ 300 mil e ainda o pagamento de fiança de R$ 118 mil referente ao valor de R$ 50 mil que teria sido recebido em dezembro de 2013 como “mensalinho” as favor do prefeito de Cuiabá. O processo tramita em segredo de Justiça.
Em agosto de 2017, um vídeo em que Pinheiro aparece colocando dinheiro no paletó foi publicado em rede nacional. A suspeita é que a quantia recebida estava relacionada a um esquema de propina na Assembleia Legislativa do estado, delatado pelo ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (Sem partido). O requerimento contra o prefeito é assinado, pela procuradora Vanessa Cristhina Marconi Zago Ribeiro Scarmganani.
https://youtu.be/D4Ce5tTkALI