Polícia

Silêncio revoltante: CRO-MT se cala após morte de diretora pedagógica de 33 anos durante procedimento dentário em Cuiabá

Oito horas após a confirmação da morte, Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso não emitiu nota ou posicionamento sobre o caso que abalou a educação e expôs falhas de fiscalização na área odontológica

DA REPORTAGEM 06/09/2025
Silêncio revoltante: CRO-MT se cala após morte de diretora pedagógica de 33 anos durante procedimento dentário em Cuiabá
A ausência de posicionamento do CRO-MT gera indignação em profissionais da educação e em familiares, que cobram respostas sobre o ocorrido | Divulgação

A morte precoce da professora e diretora pedagógica Viviane Gomes Gonçalves, de apenas 33 anos, ocorrida na manhã deste sábado (6) em Cuiabá, continua repercutindo fortemente entre educadores, alunos e a sociedade mato-grossense.

Viviane sofreu uma parada cardiorrespiratória durante um procedimento dentário, não resistiu e faleceu em meio ao tratamento.

Desde então, passaram-se mais de oito horas e, até agora, o Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO-MT) mantém um silêncio ensurdecedor. Nenhuma nota, nenhuma manifestação pública, nenhum esclarecimento.

Enquanto a Escola Estadual Gustavo Kulmann, onde Viviane atuava como diretora pedagógica, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc-MT) e até o Sintep-MT já prestaram homenagens e divulgaram notas de pesar, o órgão responsável pela fiscalização e regulamentação da odontologia no Estado segue omisso, sem dar qualquer satisfação à sociedade sobre um caso que envolve um procedimento médico-odontológico fatal.

A ausência de posicionamento do CRO-MT gera indignação em profissionais da educação e em familiares, que cobram respostas sobre o ocorrido. A omissão do Conselho, que deveria ser a primeira instituição a se manifestar, já levanta questionamentos sobre a fiscalização de clínicas e procedimentos.

Viviane era considerada uma profissional dedicada e respeitada na rede estadual de ensino. Sua morte não é apenas uma tragédia pessoal e comunitária, mas também um alerta sobre a necessidade de maior transparência e responsabilidade das instituições de classe diante de episódios de tamanha gravidade.

Até o fechamento desta reportagem, o CRO-MT permanecia calado, ignorando a comoção social e deixando sem resposta os questionamentos sobre a fiscalização e os protocolos de segurança em procedimentos odontológicos no Estado.