Política
Rombo histórico força Abilio a demitir 60 e criar supersecretaria em Cuiabá
Fusão de pastas e corte de contratos fazem parte do pacote de economia que promete enxugar R$ 15 milhões até dezembro.
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), anunciou nesta quinta-feira (4) uma ampla reforma administrativa que inclui a criação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo e Agricultura (SDTA).
A medida foi comunicada em coletiva no Palácio Alencastro e integra um pacote de fusões de pastas, redução de contratos e cortes de cargos, com previsão de gerar uma economia de R$ 15 milhões até o fim do ano.
A nova secretaria surge da fusão da Secretaria de Agricultura e Trabalho com a Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico. Segundo Brunini, a proposta foi enviada para apreciação da Câmara Municipal e tem como objetivo otimizar recursos sem perda de eficiência.
“Estamos fazendo fusões de secretarias com objetivo da economicidade, mas também para que elas não percam a eficiência e os bons resultados que vêm apresentando”, afirmou o prefeito.
A SDTA ficará responsável por formular, coordenar e executar políticas de fomento ao comércio, indústria e serviços, promoção do turismo, desenvolvimento rural, agricultura familiar, abastecimento, geração de emprego e capacitação profissional.
O secretário Fernando Medeiros, que já comandava a área de Turismo e Desenvolvimento Econômico, assumirá a nova pasta. O atual secretário de Agricultura e Trabalho, Vicente Falcão, e o adjunto Renildo França permanecem na equipe, com autonomia para formular e executar projetos.
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Brunini frisou que não haverá criação de cargos comissionados nem aumento de despesas. “A reestruturação proposta não visa à criação de novas estruturas, mas à reorganização inteligente e à otimização das existentes. Os recursos humanos, materiais e financeiros que hoje se encontram dispersos em duas pastas serão realocados e geridos de forma centralizada”, disse.
Além da fusão administrativa, o prefeito confirmou que haverá cerca de 60 demissões entre cargos comissionados e contratos terceirizados. “As demissões vão chegar a umas 60 no total, porque sistemas vão acabar se fundindo e muitos contratos se unificarão”, explicou Brunini.
As mudanças, segundo o gestor, são uma resposta ao cenário financeiro crítico da Prefeitura. A administração foi surpreendida com a necessidade de cortar R$ 160 milhões do orçamento para pagamento de precatórios, conforme determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
“Isso não estava previsto na LOA e não havia como imaginar. Tivemos que buscar onde cortar para não travar a cidade”, ressaltou.
Essa é a terceira fusão de secretarias anunciada pelo Executivo. Em agosto, foram unificadas as pastas de Esporte e Lazer, Cultura e Educação, além da junção da Mobilidade Urbana com a Segurança Pública.
Segundo o prefeito, todas essas medidas visam enxugar a máquina pública sem prejudicar os serviços. “Economia sem eficiência não é economia. É desprestígio e má aplicação”, declarou.