Política
“Vamos equilibrar as contas em dois anos”, afirma Abílio ao decretar o fim da calamidade financeira em Cuiabá
O decreto de calamidade financeira, que vigorou de janeiro a julho, chegou ao fim e abriu caminho para uma nova etapa de reorganização administrativa

O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), apresentou na quarta-feira,09, uma projeção otimista sobre a recuperação fiscal do município.
Durante audiência pública na sede do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Abílio explicou que, apesar das dificuldades herdadas, acredita que em até dois anos a cidade pode voltar a ter as contas equilibradas e condições plenas de investimento.
O decreto de calamidade financeira, que vigorou de janeiro a julho, chegou ao fim e abriu caminho para uma nova etapa de reorganização administrativa. Segundo o prefeito, a medida foi necessária para conter o avanço das dívidas e restabelecer as bases do planejamento orçamentário.
“Eu não vou conseguir resolver esse problema em menos de dois anos. É o fim do decreto. O conselheiro me perguntou por que eu não estendo o decreto. Porque ele tem algumas particularidades e o excesso de contenção prejudica o andamento de algumas secretarias, especialmente a Saúde.
Então, encerramos o decreto, temos algumas flexibilidades no orçamento. Contudo, os ajustes de contas, o aperto que a gente vai passar, se dará por 2 anos”, declarou Abílio, destacando que a decisão de não prorrogar a medida foi tomada com responsabilidade e pensando no melhor para a população.
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“Ele deixou para mim R$ 1,15 bilhão negativo. Esses números estão públicos, inclusive foram encaminhados no balanço da prestação de contas ao Tribunal. Dívida a longo prazo? Ele recebeu R$ 647 milhões e deixou R$ 1,6 bilhão. Restos a pagar? Ele recebeu R$ 62 milhões e deixou R$ 530 milhões”, explicou o prefeito, frisando que a gestão atual já iniciou medidas para reduzir dívidas e garantir regularidade nos pagamentos.
Apesar das cifras elevadas, Abílio enfatizou que a Prefeitura já começa a colher resultados das primeiras ações de contenção e reorganização. Ele destacou que a flexibilidade orçamentária conquistada com o fim do decreto permitirá dar andamento a projetos importantes e manter serviços essenciais sem comprometer o ajuste fiscal.
“Não é uma decisão simples. O decreto tem uma função de contingenciamento extremo, mas acaba travando secretarias inteiras. Encerrar essa fase não significa que a crise acabou. Ela segue, mas será conduzida com medidas graduais e com transparência, para que Cuiabá possa, passo a passo, retomar a normalidade financeira”, afirmou.
O prefeito reforçou que a população pode ter confiança no trabalho desenvolvido e que a meta é, em até dois anos, transformar o quadro de déficit em equilíbrio e, posteriormente, avançar para novos investimentos que melhorem a qualidade de vida dos cuiabanos.